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POLÍTICA

Professora denuncia que indígena representante Katukina na Secretaria de Agricultura de Cruzeiro do Sul recebe sem trabalhar: “funcionário fantasma”

Professora denuncia que indígena representante Katukina na Secretaria de Agricultura de Cruzeiro do Sul recebe sem trabalhar: “funcionário fantasma”

A professora universitária Karlla Godoy usou um grupo de WhatsApp de Cruzeiro do Sul para denunciar que o servidor comissionado da prefeitura daquele município, Nea Nokekoi, e que seria o representante da Secretaria de Agricultura na aldeia do povo Katukina está recebendo salários sem trabalhar.

Procurada pela reportagem do Notícias da Hora, a Secretaria de Articulação Política da prefeitura de Cruzeiro do Sul emitiu uma nota destacando que “não consta nos registros mantidos na secretaria de articulação política que esta cidadã tenha buscado a secretaria para formalizar esta denúncia. O que se tem por hora, são apenas áudios divulgados em um grupo de whats app”, diz um trecho da nota.

KATU

Em áudios divulgados na rede social a educadora denuncia ainda que o representante da agricultura na aldeia é casado com a filha de um homem conhecido como Adriano, liderança indigina e que foi o responsável por indicar o genro para o cargo.

“Este rapaz é pago pela prefeitura e não está trabalhando. É representante da agricultura dentro da aldeia Katukina e não está fazendo nada. Faz dois meses que está na praia, ele é cantor e não sabe plantar uma maniva de mandioca e é o representante do povo Katukina na agricultura, não admito isso! O Adriano que indicou o genro dele, -e o mesmo que vendeu um caminhão e sumiu com o dinheiro dos índios”, afirmou em áudio Karlla Godoy, que tem vários projetos na área para os povos indígenas da região.

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Segundo ainda a nota emitida pela Secretaria de Articulação Política do prefeito Zequinha Lima (PP), “caberia ao acusador o ônus de apresentar provas que pudessem embasar sua denúncia, ainda assim, a prefeitura irá investigar o caso, pois é de interesse da gestão municipal manter a transparência em relação ao seu quadro de servidores”.

Contestando a informação da administração municipal que afirma que a deníncia não foi levada ao conhecimento da administração municipal, Karlla Godoy, afirma que já fez a denúncia ao articulador da prefeitura de Cruzeiro do Sul conhecido como José Maria, mas que este não tomou providencias.

“O articulador da prefeitura, o Zé Maria não está querendo me receber então eu quero o contato do ssretário da Agricultura pra tomar uma providencia, senão eu vou reunir 400, 500 índios e vamos fazer uma ata e levar ao conhecimento do Ministério Público para denunciar a existência de um trabalhador fantasma representante da agricultura dentro da aldeia Katukina”, avisou a professora.

De acordo com a assessoria da prefeitura de Cruzeiro do Sul, “a nomeação de Nea Noke Koi para a função de representante da secretaria de agricultura na Terra Indígena Katukina atendeu a uma indicação feita pela própria comunidade indígena, de acordo com seus próprios critérios, visando o objetivo de ser um interlocutor para facilitar a implantação de políticas agrícolas do município entre os indígenas e levar as demandas e reivindicações dos indígenas Noke Koi ao conhecimento da prefeitura”.

A nota da Secretaria de Articulação Política de Zequinha Lima finaliza ressaltando que “a prefeitura se reserva no direito de antes de realizar quaisquer julgamentos precipitados a respeito do servidor nomeado, investigar a procedência das denúncias. A prefeitura reafirma seu compromisso com a ética e a transparência e coloca à disposição da população de Cruzeiro do Sul, as suas próprias instâncias, tais como secretarias e ouvidoria, para que suspeitas de irregularidades possam ser legitimamente apuradas”.