A Universidade Federal do Acre (Ufac) enfrenta um impasse prolongado com a continuidade da greve dos professores e técnicos administrativos, que já perdura há quase dois meses. A decisão de manter a paralisação foi tomada após a rejeição, em assembleia realizada na última quinta-feira, 20, da proposta apresentada pelo governo federal.
A propositura incluía medidas como a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, além de reajustes de benefícios e aumentos salariais escalonados: 9% a partir de janeiro de 2025 e 3,5% a partir de maio de 2026.
Em contrapartida, o governo condicionou a revogação da Portaria 983/2020, que aumentou a carga horária mínima semanal dos docentes, à suspensão das greves em todo o país.
Entretanto, a Associação de Docentes da Ufac (Adufac) não viu na proposta governamental uma solução satisfatória, citando a falta de compromisso da Administração Superior da universidade em assinar termos que abordassem questões locais específicas. Em nota, a Adufac afirmou que uma contraproposta será encaminhada ao Comando Nacional de Greve.
"A nossa decisão local se soma à de várias outras universidades. Nesse final de semana, o nosso sindicato nacional irá consolidar as decisões para determinar os próximos passos", destacou Letícia Mamed, presidente da Adufac.