O promotor de Justiça, Tales Tranin, que responde pela Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos, do Ministério Público do Acre (MP-AC), vai abrir inquérito para apurar o caso de racismo praticado supostamente por alunos do Colégio João Calvino contra um atleta da Escola Águias do Saber. O caso aconteceu na última sexta-feira (26).
Após o caso ganhar repercussão, a Secretaria de Estado de Educação suspendeu o Colégio João Calvino dos Jogos Escolares 2023.
Ao Notícias da Hora, Tales Tranin disse serão identificados todos os estudantes que praticaram o ato infracional de racismo e injúria racial. “Adolescente não comete crime, comete ato infracional. Estou requisitando a instauração de inquérito para a Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente para instaurar inquérito, ouvir e identificar todos os adolescentes que praticaram aquele ato infracional e identificar a vítima e todas as circunstâncias”, completou.
Nesta segunda-feira, 29, as aulas foram suspensas no Colégio João Calvino. A direção se reúne com a equipe pedagógica e os advogados da instituição para decidir o melhor caminho para saída da crise.
Caso semelhante
Tales Tranin também adiantou que pediu a abertura de inquérito para apurar o caso de um crime de racismo praticado por um segurança contra três indígenas. “Pedi a abertura de inquérito para apurar quem foi o segurança, ouvir as vítimas e todas as circunstâncias para ter o caderno de denúncias para uma futura, talvez, oferecimento de denúncia contra esse segurança. Saber quais circunstâncias se deram os fatos”.