Uma emenda do deputado federal Daniel Coelho (PPS/PE) pode jogar no colo dos deputados estaduais parte da reforma da Previdência em tramitação no Congresso. Com o objetivo de não compartilhar do desgaste sozinho, o parlamentar entende que as assembleias legislativas e as câmaras municipais pode discutir a reforma para servidores estaduais e municipais.
Ele pretende colocar no mesmo nível de desgaste que os parlamentares federais, governadores, prefeitos, vereadores e deputados estaduais. Coelho está com a proposta adiantada e já reúne boa parte dos 171 assinaturas para apresentar a matéria. O parlamentar pernambucano teme que os deputados estaduais façam ‘politicagem’ em cima da reforma contra as bancadas federais e com isso em 2022 prejudique a reeleição na Câmara e no Senado.
Se aprovada à matéria, a Assembleia Legislativa do Acre terá que se posicionar com relação a uma reforma da previdência para seus servidores estaduais. Atualmente, a Previdência no Acre, tem sido o grande gargalo da administração de Gladson Cameli (PP).
“Cabe a governador e prefeito fazer sua previdência. Não faz sentido empurrar estado e município abaixo. Que cada um tenha a prerrogativa, até porque vários governadores estão fazendo populismo e demagogia. Não dá pra jogar para a plateia e torcer para ser aprovado”, destaca Coelho.
No Acre, o deputado estadual Edvaldo Magalhães comentou a proposta. Disse que a proposta seria boa para a oposição. Mas, há uma luta dos governadores para que a medida fique no plano federal e não chegue aos Estados.
“Os governadores vão querer o pacote completo para fugir do desgaste nos estados. Estão negociando o apoio das bancadas em troca de créditos e reforma em cascata. Para nós, da oposição, seria bom. No mínimo para expor a incoerência dos que fazem um discurso aqui, outro lá”, disse Magalhães.