O Partido dos Trabalhadores do Acre repudiou por meio de nota as declarações do ex-ministro Antônio Palocci que afirmou em nova delação no âmbito da operação Lava Jato, conforme veiculou a revista Veja na última quarta-feira, que o ex-governador do Acre, Tião Viana, teria recebido propina na campanha eleitoral de 2010.
O PT acha as declarações "falsas". "As contas eleitorais da campanha de governo do companheiro Tiao Viana de 2010 foram devidamente apresentadas, julgadas e aprovadas, assim como a requentada denúncia infame que já foi apurada pelo STJ, na qual Tião foi absolvido por unanimidade e o processo devidamente arquivado".
Segundo o ex-ministro de Lula e Dilma, Viana recebeu R$ 2 milhões em forma de doação oficial da Odebrecht, para a campanha de governador, dos quais R$ 1,5 milhão via caixa 2.
Na mesma delação, Palocci relata pagamentos ilegais aos petistas Lindbergh Farias (ex-senador pelo RJ), Fernando Pimentel (ex-governador de Minas Gerais) e Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná e atual presidente do PT.
Para o PT do Acre, "na busca de liberdade, Palocci tem difamado o PT e seus integrantes dando declarações falsas cujo conteúdo não consegue provar. Confiamos e defendemos a honra e a integridade moral do companheiro Tião Viana que, como sempre disse, está longe dessa podridão e essa podridão está longe dele".
Quando o assunto veio à tona na quarta-feira, o Notícias da Hora procurou o ex-governador Tião Viana. Ele afirmou que "esse assunto já foi arquivado. A própria empresa negou que um dia falou comigo ou me viu", completou Viana.
No Twitter no mesmo dia, Viana detonou: "Uma vez canalha, sempre canalha... é o caso da Veja. Covardemente coloca meu nome numa mentira decomposta, putrefeita e já apurada pelo STJ, onde fui absolvido por unanimidade e o processo devidamente arquivado".