O Partido dos Trabalhadores (PT) registrou uma queda significativa em sua representatividade nas eleições municipais deste ano, alcançando o nono lugar entre as agremiações com maior número de prefeitos eleitos. Apesar de um leve crescimento em comparação a 2020, o PT elegeu 252 prefeitos, um número bem abaixo dos mais de 600 que conquistou em 2012, quando Dilma Rousseff ocupava a presidência.
Capitais como Teresina e Goiânia exemplificam o desempenho frustrante do partido. Em Teresina, o candidato Fabio Novo obteve 43,26% dos votos, mas perdeu no primeiro turno para Silvio Mendes, do União Brasil. Em Goiânia, Adriana Accorsi terminou em terceiro lugar com 24,44%.
Entre as grandes cidades, com população acima de 200 mil habitantes, o PT venceu em apenas sete, com uma eleição ainda sub judice. Fortaleza foi a única Capital onde o partido elegeu um prefeito.
Em termos de representatividade regional, o Nordeste, tradicionalmente uma região de apoio para a esquerda, registrou uma queda significativa. Dos nove Estados, seis capitais elegeram candidatos de direita, uma de centro e duas de esquerda – a metade das Capitais que a esquerda conquistou em 2020.
Em Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul, a maioria dos municípios serão administrados por partidos de direita. Já no Acre, Alagoas e Pará, os partidos de centro têm a maior presença nas prefeituras. Em contraste, Ceará, Paraíba e Espírito Santo contam com mais prefeitos eleitos por partidos de esquerda.