A terceira fase da Operação Ptolomeu, deflagrada nesta quinta-feira, dia 9, com o objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de atos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à cúpula do Governo do Estado do Acre, mirou em alguns dos principais membros do primeiro escalão e ex-secretários da gestão passada e atual.
Os alvos foram: Petrônio Antunes (Deracre), Cirleudo Alencar (Seinfra), ambos afastados a mando do STJ; Ricardo França (Representação do Acre em Brasília), Rômulo Grandidier (Sefaz) e Carlos Augusto Negreiros (Gabinete Militar). Os ex-secretários Nenê Junqueira, de Produção e Agronegócio; e Thiago Caetano, de Infraestrutura, que integraram a primeira gestão de Gladson Cameli também foram alvos.
Um auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas também foi alvo. Em nota, o órgão informou que as investigações são referentes à época em que o ocupante do cargo encontrava-se cedido ao governo estadual e que atualmente o servidor encontra-se afastado de suas funções, em gozo de licença-prêmio.
Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.