Os deputados estaduais não se furtaram de comentar os últimos acontecimentos envolvendo a cúpula do governo Gladson Cameli, investigada na Operação Ptolomeu. O primeiro a falar sobre foi o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). Ele disse que o governo Cameli “terminou” e que a corrupção está enraizada.
“A gravidade dos fatos eles saltam aos olhos eles pulam daqueles relatórios e eles gritam. Afirmar de que a corrupção se entranhou, de cima abaixo do governo, e se enraizou como um câncer em todas as áreas do governo, que tem como início a pactuação já antes de qualquer licitação dos percentuais da propina que será paga, amplamente comprovada nos diversos relatórios, nas diversas conversas nos levam a uma conclusão triste e sofrida, mas que precisa ser afirmada. O governo do governador Gladson Cameli terminou. Falta a data de encerrar, mas o governo do governador Gladson Cameli terminou”, pontuou.
Em resposta, o deputado Afonso Fernandes (PL) disse que não se pode condenar por antecipação o governador Gladson Cameli e os citados nas Operação. “Entendemos que as instituições tem que fazer os seus papeis. Só não podemos encurtar as fases. Até o momento não tem ninguém indiciado. Não podemos fazer prejulgamentos. Vamos deixar as instituições trabalharem. E os resultados virão à tona. E quem dever, que pague. Quem tiver culpa no cartório, que assumam suas culpas e aí vão pagar conforme a Justiça decidir. O que precisamos nesta Casa é de cautela para que não cometamos injustiça. Peço aos nobres pares que não se alvoroce em pré-julgamentos”, ponderou.
Michelle Melo (PDT), líder do governo, pontuou que as investigações trarão luz aos fatos. “Existem investigações? Existem. Eu costumo dizer: glória a Deus por ela(...). As investigações trazem luz, clareza, permitem tirar pedras no caminho para que o novo venha. O que eu quero é dizer aqui é que não sou advogada de defesa e nem advogada de condenação. Sou deputada e a minha grande preocupação é entregar o que o povo precisa: precisa de emprego, saúde, crescimento econômico”.