“Quem não deve não teme”, disse o governador Gladson Cameli em vídeo gravado e publicado em suas redes sociais neste sábado (11) ao falar sobre a terceira fase da Operação Ptolomeu deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (9), que investiga seu governo de casos de corrupção.
“Todos sabem que a Justiça tem o seu tempo e como eu acredito na Justiça mais uma vez me coloquei e abri todo o meu governo à disposição das autoridades. Todo homem público tem obrigação de prestar contar ao povo, à Justiça e a Deus. Por isso, estou tranquilo e garanto ao povo do meu estado do Acre que não vou decepcionar a sua confiança. Sigo fazendo a minha parte, porque quem não deve não teme. Continuo trabalhando para melhorar de fato a vida das pessoas. Que Deus nos protege e abençoe.”
A operação
Na terceira fase da investigação, a Polícia Federal buscou o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.
A ação, que tem por objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de atos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à cúpula do Governo do Estado do Acre, mirou em alguns dos principais membros do primeiro escalão e ex-secretários.
Os alvos foram: Petrônio Antunes (Deracre), Cirleudo Alencar (Seinfra), ambos afastados a mando do STJ;
Ricardo França (Representação do Acre em Brasília), Rômulo Grandidier (Sefaz) e Carlos Augusto Negreiros (Gabinete Militar).
Os ex-secretários Nenê Junqueira, de Produção e Agronegócio; e Thiago Caetano, de Infraestrutura, que integraram a primeira gestão de Gladson Cameli também foram alvos.