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POLÍTICA

Raimundo Neném vai abrir mão do reajuste de salário e verba de gabinete

Raimundo Neném vai abrir mão do reajuste de salário e verba de gabinete

O vereador Raimundo Neném, presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, que abandonou a sessão na terça-feira, dia 11, para não pautar os projetos de lei que reajustariam os salários os vereadores e a verba de gabinete usada para pagamento de assessoria, afirmou que não vai usar os valores.

Após muita correria durante o dia, a decisão de Neném vai de encontro com o que sugeriu o 1º secretário da Mesa Diretora, vereador Fábio Araújo, no momento em que as pautas estavam sendo deliberadas, já na noite de terça, a toque de caixa. Fábio Araújo, a pedido do prefeito Tião Bocalom, forçou a aprovação das matérias no mesmo dia em que foram pautadas na sessão.

“Quero deixar claro que todos os projetos estão com os pareceres jurídicos da Câmara Municipal. O que existe no processo, há apenas uma consulta no Tribunal de Contas. Quero deixar claro que como o presidente é contra, então que ele abdique do aumento, só assim que ele faz jus ao que diz”, declarou.

Apenas Raimundo Neném e Elzinha Mendonça estiveram ausentes da sessão, justamente por serem contra a medida. Todos os outros 15 vereadores votaram a favor do aumento nas despesas da Casa do Povo. Além disso, aprovaram a criação de mais 77 cargos comissionados que serão utilizados pela gestão de Tião Bocalom. Lene e Samir Bestene não compareceram à câmara na terça.

Questionado sobre o reajuste, Neném foi taxativo, e respondeu se abriria ou não mão da diferença de recursos. “É claro que vou abrir mão, é o mínimo. Como eu vou ser contra isso, e falar, e depois não vou abrir mão. Estavam todos contra mim ali, e eu estava sozinho segurando isso desde que chegou. Eu sai porque eu estava de atestado e ainda fui lá trabalhar, mas não aguentei ficar”, justifica.

A aprovação das matérias, com um total de 13 votos, foi exatamente o que a prefeitura determinou que os vereadores da base fizessem: o prefeito pediu reajuste para ele, os secretários, assessorias especiais e a criação dos cargos comissionados. Por outro lado, os vereadores “barganharam” o aumento nos próprios salários nesse pacote de medidas, incluindo o reajuste na verba de gabinete.