A insatisfação com o reajuste de 20,32% divididos em quatro parcelas anuais, o que corresponde a 5,08% ao ano, chegou à Associação dos Procuradores do Estado do Acre. Um procurador, classe I, recebe atualmente, em média, R$ 32.886,55. Classe II, de R$ 35.142,38 a R$ 46.308,73. Os procuradores nível IV, a chamada classe especial, chegam a receber bruto R$ 52.040,78. Há procuradores com salários de R$ 69.777,87. Os dados são da Transparência do Estado, referentes ao mês de março. O presidente Andrey Holanda publicou uma nota. Disse que os procuradores não concordam com o reajuste anunciado por Cameli.
“Os procuradores não concordam com reajuste geral anunciado e se assustam com a falta diálogo dos integrantes do governo responsáveis por negociar temas de valorização e reconhecimento para o servidorismo público: parecem pessoas que não sabem onde estão ou o sequer o que estão fazendo, aparentemente muito bons em conseguir prejudicar e afundar o governador justamente na rara oportunidade fiscal surgida, em que ele tem – ou teve – a oportunidade de ser assertivo e corrigir os erros do passado e construir pontes para o futuro. Parecem apenas querer o caminho fácil. É uma pena”, afirmou o presidente.
O novo reajuste foi publicado nesta sexta-feira (28), na edição do Diário Oficial do Estado (DOE).
O Notícias da Hora apurou que os procuradores aguardavam que o Executivo encaminhasse uma proposta de reajuste para a Assembleia Legislativa prevista no PCCR da categoria, como foi o caso do Poder Judiciário que reajustou em 12% os vencimentos de servidores efetivos e 10% de comissionados. Porém, isso não ocorreu.
A Defensoria Pública do Estado também aguardava que o Executivo enviasse projeto semelhante. Entretanto, a opção do governo foi beneficiar categorias que ganham menos e que são prioritárias, como é o caso da Saúde que possibilitou a convocação do cadastro de reserva com a revisão das vagas no PCCR, além da Educação que tem um indicativo de mais de 3 mil vagas para professores efetivos.