Após o discurso de Emerson Jarude (Novo) que destacou a liderança do senador Alan Rick em todos os cenários da pesquisa Delta/NH/Alerta Cidade, o deputado Fagner Calegário (Podemos) fez uma provocação aos deputados da base. Disse que o bloco dos independentes está aberto para receber novos parlamentares, dissidentes da base governista.
“Parece que com aproximar das eleições, a base não está tão base assim. Quero dizer que a independência está aqui aberta para a adesão dos colegas”, disse ao balançar os braços em sinal de que a base do governo “balança” a pouco mais de um ano das eleições.
A resposta a Calegário veio à altura e não foi feita pelo líder do governo, o progressista Manoel Moraes, mas sim pelo emedebista Tanízio Sá. De acordo com ele, a base está “firme e forte” e “consolidada” dando a entender de que não haverá rachaduras quando Gladson se afastar para disputar o Senado no ano que vem e Mailza deve assumir o governo.
“Quero dizer que a base está aqui totalmente firme e forte, consolidada, que dá sustentação para o governo trabalhar. Apoiamos aquilo que é bom para o Acre. Eu continuo firme e forte aqui na base. Em nenhum momento me abalei”.
Ao falar sobre a Federação União Brasil-Progressistas que deve ser oficializada hoje, Tanízio Sá demonstrou preocupação. “O governador foi para Brasília. Hoje vai ser formada a maior Federação do nosso país, com 109 deputados federais. O União Brasil e PP. É uma base muito consolidada. E aqui no Acre vai ter seis deputados federais e nove estaduais. É uma base muito forte, só que não vai ser muito fácil para a reeleição. Quero ver como vai comportar isso tudo aí também”.
Após as votações, o líder do governo, deputado Manoel Moraes, resolveu responder o deputado Fagner Calegário. Repetiu o mesmo discurso de Tanízio Sá, de que a base está “unida”.
"A base está unida, Calegário, como sempre esteve, tanto aqui na Assembleia, como nas ruas, nos municípios, pronta para o embate político que se avizinha. Inclusive convido a você ser da base. Não existe candidato independente, existe base, situação ou oposição. Você já era para estar na base aqui conosco”, disse Manoel Moraes.
Com ar de riso, Manoel Moraes se dirigiu a Emerson Jarude. Disse que sonha em ver Jarude na base de Gladson Cameli e que não medirá esforços para que essa conversa seja feita por Nicolau Júnior, presidente da Aleac, e cunhado de Jarude.
“Eu ainda torço que o senhor vai ser da base. Eu ainda vou falar com meu amigo presidente, ele ainda vai cuidar disso para nós, aqui. Você ainda vai estar junto com nós”, disse Moraes.