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A reunião entre a bancada federal do Acre e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por meio de videoconferência, não resolveu em nada a situação dos imigrantes que estavam desde o último sábado, dia 13, acampados sobre a Ponte da Amizade, que liga Iñapari, no Peru, a Assis Brasil, no Acre.
No encontro, transmitido online para a sala de reuniões da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), o ministro brasileiro destacou que está tentando, junto ao governo peruano, uma autorização para acesso momentâneo das pessoas que estão na ponte, de forma legal. Contudo, nesta manhã de terça-feira, um conflito prejudicou as negociações.
“Estamos acompanhando essa situação. Devido à pandemia, não estamos tendo uma abertura grande, porém estamos buscando uma solução. Acerca desse confronto, só dificulta mais a nossa interlocução com o governo Peruano. Estou pedindo para minha equipe fazer uma interlocução junto com as Nações Unidas”, comentou o ministro.
O senador Sérgio Petecão, coordenador da bancada federal, acompanhou o encontro. “A intuição da reunião foi debater sobre as questões dos imigrantes que estão querendo ir para o país vizinho, inclusive de forma truculenta, podendo causar uma crise entre os dois países”, lembrou o senador acreano.
Segundo Rodrigo Baena, coordenador de assuntos para a América do Sul, as negociações devem continuar com o país peruano, uma vez que a tendência é o fluxo migratório não deve parar nos próximos dias. Já passaram pela fronteira em Assis Brasil mais de 15 mil pessoas, desde que o êxodo começou, em 2019.
“Temos conversado com as autoridades peruanas, junto ao Itamaraty, e também do governador de Madre de Dios, região de confronto. Temos procurado um entendimento bilateral de forma que não ocorram constrangimentos. A presença das organizações é muito importante nesse momento. Não vamos deixar de ir adiante em busca de dar um fim nesse problema”, afirmou.