Na Capital acreana, a presença de pessoas em situação de rua causa descontentamento entre os comerciantes e insegurança de quem transita pela área central da cidade.
A recente decisão do STF que impede a remoção compulsória dessas pessoas e o recolhimento forçado de seus pertences, agrava ainda mais a situação.
Em Rio Branco, cerca de 600 pessoas estão em situação de rua, sendo que somente 400 estão cadastradas no Centro Pop, um local de referência para Assistência Social.
Além de estabelecer limitações na remoção e no recolhimento de pertences, a decisão do STF veda também a construção de estruturas hostis em espaços públicos, como pedras pontiagudas e espetos de ferro, que visam afastar esse público de determinados locais.
Diariamente, cerca de 140 moradores em situação de rua frequentam o Centro Pop em busca de refeições e assistência. O espaço é administrado pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh), conta com seis equipes dedicadas a buscar ativamente formas de auxiliar essa população vulnerável.
Psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e servidores de apoio estão disponíveis para acompanhar essas pessoas, a maioria delas enfrentando problemas de dependência química (80%) ou alcoolismo.
As opções de acolhimento incluem a Casa Dona Elza, com alojamento para 20 pessoas no bairro Cidade do Povo, e a Casa de Passagem Ruhana, com 10 vagas no bairro Preventório. Dependentemente químicos podem ser encaminhados para clínicas terapêuticas em convênio com a prefeitura.
Recentemente, o Centro Pop promoveu o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, proporcionando atendimento jurídico, consultas psicossociais e cuidados de saúde preventiva. A ação contou com a colaboração da Defensoria Pública do Estado do Acre, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Turismo, Universidade da Amazônia e Movimentos Sociais.