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POLÍTICA

Rocha dispara canhão contra o Avancard e coloca em xeque contrato entre a Seplag, Fênix Soft e a Prover

Rocha dispara canhão contra o Avancard e coloca em xeque contrato entre a Seplag, Fênix Soft e a Prover

Ele ainda mencionou que pode estar havendo um possível vazamento de dados dos servidores

Nem o vice-governador Major Rocha (PSL) escapou das ligações do cartão Avancard. Segundo ele, recebeu logo cedo pela manhã desta quarta-feira (30) uma ligação de São Paulo perguntando se ele teria interesse em adiantar o salário ou ainda se havia interesse em fazer empréstimos. Rocha disse que tudo “seria normal não fosse a forma nebulosa e os questionamentos que envolvem a chegada dessa empresa ao Acre”.

“Não é demais relembrar que essa atitude, aparentemente simples, de ligar para os servidores públicos oferecendo serviços creditícios pode esconder interesses nada republicanos. Quero aqui enumerar situações que julgo muito estranhas. Primeiro. Nunca dei meu numero de telefone para a empresa, se quer autorizei quem quer que seja a fornecer meus dados pessoais. Resta a dúvida, quem forneceu? Estaria a SEPLAG repassando informações pessoais dos servidores públicos para que estes sejam importunados pelas equipes de telemarketing do cartão de crédito Avancard?”, questionou o vice-governador.

Na sequência, Rocha diz que a “empresa Fênix com sede em Manaus, chegou ao Acre criando embaraços entre o Governo do Estado e a empresa consignatária anterior, a Zetrasoft, com sede em Minas Gerais. O rompimento unilateral do contrato com a Zetrasoft foi realizado sem os esclarecimentos devidos, a Avancard assumiu a prestação do serviço através de uma contratação direta, sem abertura de processo licitatório. Por mais que existam possibilidades legais para tal ato administrativo, a ausência de licitação não demonstraria direcionamento e favorecimento à empresa manauara?”, questiona.

Irritado e demonstrando preocupação com o possível vazamento de dados dos servidores públicos, Major Rocha pontua que muitos servidores estão com a margem retida. Nesse sentido, ele faz a seguinte indagação: “estaria a Avancard precarizando o serviço para bancos, entidades sindicais e associativas para se favorecer?”.

Rocha constatou o que a Comissão de Serviço Público da Aleac tinha dito em audiência pública. Os juros são altíssimos, fora do padrão do mercado financeiro.

“A taxa de juros adotada pela empresa de Manaus é astronômico. Enquanto bancos estão oferecendo condições de taxas com média de 1,2%, a nova consignatária chega a 5,5%. Estaria a empresa tentando tirar até a última gota de sangue do servidor público e um curto espaço de tempo?”, reitera.

Por fim, ele menciona a lei aprovada na Aleac que limita em 35% o teto máximo para concessão de empréstimos. “Outro fator importante para este debate diz respeito ao percentual de endividamento do servidor público. A Assembleia Legislativa aprovou lei estabelecendo o percentual de 35% do salário como margem consignável. Com a empresa, o servidor ganhou um “plus” que chega aos 50%, o que pode fazer com que exista um superendividamento dos servidores, uma vez que houve um aumento do percentual consignável a uma taxa exorbitante de juros”.

O vice-governador encerra dizendo que “o estado não pode ser paraíso para empresas de outros estados que vem aqui e levam o nosso dinheiro e deixam prejuízos irreparáveis ao bolso dos acreanos”.