O vice-governador do Acre, Major Rocha, disse que, caso migre do PSDB para o PSL, o que deve ser definido até a próxima semana, se sentiria feliz em ter no nono partido liberal a filiação do governador Gladson Cameli. A declaração foi feita no escritório político de Rocha, essa semana.
Segundo o tucano, que tenta uma aproximação de peso e influencia dentro do PSL, a provável ida dele para o novo partido já teria sido inclusive conversada com Gladson. Rocha diz que a divulgação da mídia sobre o assunto atrapalhou a forma com a qual chegou a informação fora dos bastidores.
Ao ser questionado pela jornalista Angélica Paiva, do Notícias da Hora, Rocha disparou que não via problema numa aproxima de Gladson ao PSL. “Se viesse, seria muito bem vindo. Acho que é uma liderança política importante do estado. Nós já fizemos esse convite lá atrás [se referiu ao PSDB], mas nesse caso não poderia apoiar a Socorro, né?”, apontou.
A insatisfação do governador Gladson Cameli com o Progressistas está a cada dia maior, principalmente após o anúncio “aos quatro ventos”, de que pode apoiar a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, na corrida pela reeleição. A informação correu pelas alas do Progressistas com pesar e causou corre-corre entre os aliados de Gladson.
Não custa lembrar que Neri era aliada do PT antes de assumir o posto deixado pelo petista Marcus Alexandre, e fez campanha contra Cameli em 2018. Agora, a socialista se aproxima de Cameli e aplaude a possibilidade de ter o apoio de Gladson. Rocha parece estar satisfeito com o clima de indecisão, afinal, o candidato dele é Minoru Kinpara.
Cameli não tem mantido o silencia sobre a insatisfação com os correligionários. Ao Blog do Ray, o governador esclareceu dois dos motivos: “Eu não tenho nem a certeza do que acontecerá amanhã. Como posso entrar em debates de eleições futuras? Estou cansado de ser chamado apenas para pagar a conta. As pessoas fazem os acertos e me chamam apenas para comunicar. Isso é falta de respeito”, desabafa.