Mesmo adotando um tom ameno e negando qualquer atrito com o governador Gladson Cameli (Progressistas), o vice-governador Major Rocha (PSDB) parece não ter engolido as demissões de aliados dele no governo. Em um desabafo nas redes sociais, Rocha disse que espera informações a respeito sobre o que ocasionou as exonerações.
“Mesmo ainda não tendo recebido qualquer informação sobre os fatos que motivaram tais exonerações, entendo que isso ocorrerá no momento oportuno”, disse Rocha ao argumentar que o governador Gladson Cameli está focado neste momento em combate a pandemia de Covid-19.
Ao falar sobre eleições, Rocha disse que seu papel será de auxiliar o partido e os pré-candidatos. “Pelo fato de não sermos dirigentes partidários, ainda que digam outra coisa, nos limitamos a auxiliar”, revela ao citar Gladson também nesta mesma função.
A relação entre o governador e o vice foi abalada no mês de março, quando a cúpula do PSDB fechou aliança com o MDB em Cruzeiro do Sul e indicará o vice na chapa de Fagner Sales, pré-candidato à prefeitura do município que é administrado pelo Progressistas, partido de Gladson Cameli
Após o anúncio da aliança MDB e PSDB que poderá se estender aos demais municípios, Cameli exonerou dois militares do grupo de Rocha que ocupavam cargos estratégicos na pasta da Segurança Pública. O governador negou que a demissão seria em represália, mas em seguida exonerou vários emedebistas.
Recentemente, o ex-prefeito Vagner Sales, um dos caciques do MDB, anunciou que estaria deixando a base de apoio do governo Cameli. O anúncio foi feito em um grupo de troca de mensagens de políticos e militantes que integram os partidos que apoiam a administração do Progressistas.