O vice-governador Major Rocha (PSL) comentou as declarações dadas pelo secretário extraordinário de Assuntos Governamentais, Alysson Bestene, ao jornalismo do Notícias da Hora no final da tarde de ontem, 30. Nesta quinta-feira, 1º, Rocha rebateu Alysson que havia classificado as denúncias feitas pelo vice de Gladson de “infundadas.
“Entendo a atitude desesperada do Secretário em tentar defender o governo Gladson, ainda que para isso tenha que negar a verdade. Dizem que o chefe do executivo, além de não cumprir promessas e acordos, não é dado a falar a verdade. Alysson, como Secretário de Cameli, se enquadra naquele ditado que fala que “filho de peixe...”. O fato é que as denúncias que apresentei já renderam prisões e ainda podem render muito mais”, disse o vice-governador acreano.
Demonstrando indignação com as declarações de Bestene, Rocha fez uma série de indagações ao secretário destinado a cuidar da parte política do Governo. “Agora me responda Alysson, meu amigo: não houve superfaturamento dos computadores? Não houve desvio dos recursos destinados a merenda escolar? Não houve superfaturamento das cestas básicas (sacolões) destinados aos alunos afetados pela pandemia? Não houve a compra de quase 15 milhões em livros, de uma empresa de Manaus e durante a pandemia, livros esses que o governo poderia ter adquirido gratuitamente através do Governo Federal? Não existem diversas obras que estão sendo feitas sem nenhum processo administrativo ou, em alguns casos esse processo só é fechado durante o curso da obra? Não há algo de estranho nas centenas de caronas que o governo adere, como se a exceção fosse a licitação? E as empresas de Manaus, essas que ganham muitas caronas e levam os parcos recursos do Acre para o Amazonas? E a AVANCARD? E o hospital de Cruzeiro do Sul, que está sendo investigado por indício de superfaturamento?”.
Ao finalizar a série, Major Rocha não deixou de alfinetar diretamente Alysson Bestene, que até pouco tempo era o secretário de Saúde e o responsável por assinar contrato milionário com a Medial, empresa goiana que administra o Into-Covid.
“Alysson, embora eu tenha algumas dúvidas com relação aos recursos que vieram do Governo Federal, mais de 1 bilhão de Reais, por ter me comprometido a não falar para não atrapalhar as investigações, deixarei de expor algumas coisas, ainda assim queria que você explicasse esse contrato com a MEDIAL”, disse Rocha deixando a entender que a denúncia feita à Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal tem a ver com o contrato entre a Medial e a Sesacre.