Em votação apertada, senador consegue xx apoios e se manterá no comando do Congresso Nacional por mais dois anos
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado nesta terça-feira (1º) após uma votação apertada contra o candidato bolsonarista Rogério Marinho. Pacheco obteve 49 votos, contra 32 de Marinho.
A vitória de Pacheco tem como pano de fundo os ataques de 8 de janeiro em Brasília. Além de alavancar sua reeleição, o presidente do Senado contou com traições de aliados de Marinho.
O senador mineiro é uma forte aposta do Palácio do Planalto para a interlocução no Congresso Nacional. Os petistas acreditam que Pacheco poderá interceder para formar maioria no Senado em pautas de interesse do governo.
Para garantir a vitória de Rodrigo Pacheco, Lula e seus aliados distribuíram cargos de segundo e terceiro escalão no governo. A cúpula do PT, porém, esperava por traições de aliados.
Além de Marinho e Pacheco, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) também se colocou como candidato. O parlamentar, porém, desistiu da disputa após a falta de apoio e a pressão de aliados do ex-ministro de Bolsonaro.
Mesa Diretora e Comissões
Durante as negociações para a presidência do Senado, Pacheco e seus aliados articularam os cargos na mesa diretora parecida com a gestão atual. Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) deve se manter na 1ª vice-presidência, enquanto Rogério Carvalho (PT-SE) será o 1º secretário.
Já as comissões ainda estão em debate. Principal articulador da campanha de Pacheco, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) quer a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão da Casa. A indicação fez com que senadores se afastassem de Pacheco, o que obrigou o senador a reabrir as negociações para a cadeira.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) é uma das comissões que já tem indicação definida. O comando da comissão deve ficar com o PSD, que possui a maior bancada da Casa, com 16 senadores.
A disputa principal fica na Comissão de Relações Exteriores (CRE). Na articulação, Pacheco prometeu a comissão para o grupo de Renan Calheiros (MDB-AL), mas o próprio PSD e o PT estão de olho no comando da comissão.