A ida do governador Gladson Cameli, atualmente afastado do Progressistas, mas de malas prontas para aportar no PSDB, pode gerar uma reação nada agradável quando se trata da sua governabilidade. Isso porque o Progressistas têm a maior bancada ao lado do MDB, na Assembleia Legislativa. Ambos os partidos têm três deputados, cada.
Se levar em consideração que o MDB nunca foi coeso em votações na Aleac, com deputados votando pró e contra os projetos de Cameli, o mesmo pode ser feito pelo Progressistas, caso se concretize a saída do governador.
Não é segredo que há um atrito entre o grupo de Gladson Cameli e o grupo da senadora Mailza Gomes (Progressistas/AC). Cameli deixou claro na carta entregue ao partido que se afastou por não concordar com a insistência dos cardeais progressistas de querer emplacar a candidatura de Tião Bocalom e Marfisa Galvão à Prefeitura de Rio Branco.
Reveja o que ele disse na carta entregue ao Diretório do Progressistas.
“Desta forma, expresso meu desejo de afastamento da legenda bem como o distanciamento das decisões tomadas pelo seu quadro pela não concordância com os rumos do Partido”, disse Cameli no último dia 5.
A força dos progressistas na Aleac
Os quadros do Progressistas na Assembleia Legislativa ocupam cargos estratégicos. Nicolau Júnior ocupa a presidência da Casa, tendo inclusive sido reeleito por antecipação.
José Bestene ocupa o cargo de presidente da Comissão de Saúde, uma das mais importantes e de maior apelo social. Uma ofensiva contrária poderia ser desastroso para o governo de Cameli, politicamente falando, como inspeções periódicas aos hospitais e unidades de Saúde.
Já, Gehlen Diniz comanda a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A Comissão é responsável pela legalidade dos projetos que tramitam na Assembleia. Ele é o responsável por distribuir os projetos e designar relatores.