O deputado Sargento Cadmiel Bomfim (PSDB) fez pronunciamento na sessão remota desta quarta-feira, 17, afirmando que está havendo uso politiqueiro do incidente envolvendo policiais militares e trabalhadores da Zeladoria na última segunda-feira, 15. “Estão querendo mais uma vez criminalizar a ação dos militares numa ação legal que estes exerceram. O crime vexatório que há neste episódio é o atraso de salários dos trabalhadores, que justamente reivindicavam seus direitos. Mas, novamente, como sempre, muda-se o foco para tentarem fazer uso politiqueiro deste deprimente episódio. Se há culpados neste caso não é nenhum dos grupos de trabalhadores, nem os que reivindicavam seus direitos, nem os que estavam a cumprir sua tarefa constitucional de preservação e manutenção da ordem pública”, declarou o parlamentar.
Sargento da reserva remunerada da PM do Acre, Cadmiel Bomfim repudiou os atrasos de salários, que a seu ver, não podem ser justificados por razão nenhuma, principalmente pelo momento tão delicado em que a economia sofre duramente por conta da Pandemia. Ele argumenta, porém, com base na legislação, que a ação atendeu a todos os requisitos das cartilhas e padrões em casos onde ocorre a quebra da ordem pública, no caso a intervenção de via pública. Ele cita o uso progressivo da Força, que segundo os manuais policiais é a graduação das ações conforme a evolução da ocorrência, que vai desde a presença policial, nível um até o uso da letalidade, nível extremo.
“Antes de formar juízo sobre o fato fui ouvir os envolvidos. Não formei minha opinião apenas pelo que ouvi falar, ou vendo vídeos que mostram apenas parte do que de fato aconteceu. Eu fui informado que a tropa de choque só agiu após horas de negociação e muito diálogo. A ação só foi iniciada depois que um grupo insistiu na interdição mesmo após decisão de boa parte dos manifestantes em liberar a rua que , inclusive, dá acesso à UPA da Sobral. Este grupo preferiu confrontar a ação policial mesmo após ser advertido pela autoridade presente que era preciso desobstruir a rua. Toda a ação visava apenas cumprir o dever legal da manutenção da ordem pública. Infelizmente, mais uma vez, estão usando esse episódio pra palanque político”, concluiu o parlamentar.