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POLÍTICA

Sargento Cadmiel e Daniel Zen tendem a assumir presidência e relatoria da CPI da Energisa 

Sargento Cadmiel e Daniel Zen tendem a assumir presidência e relatoria da CPI da Energisa 

Os deputados  Cadmiel Bonfim (PSDB) e Daniel Zen (PT) são os mais cotados para assumir, respectivamente, a presidência e a relatoria da CPI da Energisa, que deve ser instalada na semana legislativa que se inicia na terça, 30. Este é o acordo entre governistas e oposicionistas para que os dois grupos estejam no comando da comissão parlamentar de inquérito. 
 
Apesar de ter sido anunciado como o presidente da CPI, o deputado Jenilson Leite (PCdoB) não pode assumir a função por ter sido o proponente da CPI.  Composta por sete deputados, a comissão terá 90 dias (prorrogáveis por igual período) para realizar seu objetivo: apurar se está ocorrendo problemas nos métodos usados pela Energisa para definir o preço final cobrado dos consumidores acreanos. 
 
A iniciativa para criar a CPI veio após inúmeras reclamações de altíssimas elevações no valor da conta de luz desde que a empresa assumiu o sistema elétrico no Acre, após comprar, em 2018, a Eletrobras Acre por R$ 50 mil. Logo de cara, a tarifa foi reajustada em 21% para os consumidores residenciais - sofrendo leve queda de quase 3% após revisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 
 
A criação da CPI da Energisa passou por uma verdadeira batalha política no último mês. O governador Gladson Cameli (Progressistas), que no começo se mostrava simpático à comissão, atuou pessoalmente para desidratá-la. O requerimento chegou a ter 16 assinaturas, mas deputados governistas retiraram o apoio. 
 
Em um vídeo feito dia depois de desistir da CPI, o tucano Cadmiel Bonfim afirmou que retirou a assinatura “a pedido do governador”, e que voltaria a apoiar por “temor a Deus”. A pressão popular, contudo, foi o principal motivo que levou o parlamentar a garantir vida à CPI. 
 
O governo, então, passou a atuar em várias frentes para inviabilizar a CPI. A primeira foi esvaziar o plenário da Assembleia Legislativa e realizar manobras para que a leitura do requerimento não fosse feita. Outra iniciativa foi intimidar os deputados do PT e PCdoB com a ameaça de abrir CPIs para investigar atos praticados pelos 20 anos dos governos petistas.