Horas antes de ter o pedido de abertura de processo de impeachment votado na Câmara Municipal de Rio Branco nesta terça-feira (31), o prefeito Tião Bocalom se manifestou publicamente pela primeira vez sobre o assunto. Em rede social, Bocalom escreveu: “agora é com vocês, vereadores”.
Ao agradecer o apoio recebido, Bocalom chamou o pedido de impeachment apresentado pela advogada Joana D’Arc de infundado. “Obrigado a todos os amigos e apoiadores que se juntaram para nos defender publicamente neste processo infundado de pedido de impeachment que foi apresentado na câmara municipal. Foram milhares de manifestações postadas em redes sociais, centenas de telefonemas e mensagens e muitas matérias jornalísticas. Tudo isto prova que estamos no caminho certo! Que depois de apenas 8 meses de mandato, o projeto vitorioso PRODUZIR PARA EMPREGAR que obteve 63% dos votos nas urnas, fruto de longos anos de luta ao lado de muitos sonhadores, precisa ser respeitado”, pontuou.
Ainda de acordo com o prefeito, o projeto “Produzir para Empregar” tem o apoio do governador Gladson Cameli, dos três senadores, dos prefeitos associados à Associação dos Municípios do Acre (Amac) de deputados estaduais e ex-parlamentares.
“Continuo firme no propósito de: SE NÃO ROUBAR O DINHEIRO DÁ! Nosso projeto em execução fará de RIO BRANCO ao final de nossos 4 anos de mandato: - A CIDADE MAIS BONITA DA REGIÃO NORTE; - UM DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS QUE MAIS GEROU EMPREGOS; - ESTAREMOS COMENDO O ARROZ, O FEIJÃO, AS VERDURAS E BEBENDO LEITE PRODUZIDOS AQUI EM NOSSO MUNICÍPIO;”, disse o gestor ao fazer uma série de colocações a respeito da Rio Branco do futuro ao final dos 4 anos de gestão dele.
ENTENDA O PASSO A PASSO - Se vier a ser aberto, o impeachment do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), vai envolver um processo que pode levar 90 dias. Durante este tempo, o pedido de afastamento tem que passar por duas votações na Câmara Municipal de Rio Branco, atualmente composto por 17 vereadores e sem base de sustentação do governo Tião Bocalom.
A primeira votação, que será aberta, e está marcada para acontecer nesta terça-feira, dia 31, é para decidir se a acusação contra o prefeito rio-branquense, feita pela advogada Joana D’arc, merece ou não ser acatada e passar a ser investigada pelos vereadores. A segunda é para efetivamente decidir ou não pela cassação, ao final dos 90 dias de investigação.
O prefeito Tião Bocalom, contudo, só deixa o cargo após a votação final do seu afastamento. Ainda assim, o impeachment pode ser contestado judicialmente e uma decisão provisória da Justiça pode barrar os efeitos imediatos da cassação. Quando for julgada, a contestação pode até derrubar de vez a decisão da Câmara Municipal.