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POLÍTICA

Seca no rio Juruá pode isolar Porto Walter e Petecão pede a Marina Silva ajuda na reabertura de estrada bloqueada pela Justiça

Seca no rio Juruá pode isolar Porto Walter e Petecão pede a Marina Silva ajuda na reabertura de estrada bloqueada pela Justiça

Com o rio Juruá enfrentando o período de estiagem e o ramal de 90 quilômetros que liga o município a Rodrigues Alves fechado por determinação da Justiça Federal, Porto Walter corre um sério risco de ficar isolado e enfrentar um desabastecimento. O alerta foi feito pelo senador Sérgio Petecão (PSD), que pediu ajuda à ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, no sábado (29), no Acre, para que o acesso terrestre ao município seja reaberto.

“Eu tive oportunidade de colocar aqui para a ministra Marina. Eu tenho muito orgulho de ser amigo dela, mas eu tenho que mostrar a nossa realidade, e eu estive em Porto Walter e a situação é de calamidade. O rio, está acontecendo o que ela já previa. O rio secou, assoreou, e o que nós vamos fazer? A pessoas vão morrer de fome? Vão ficar isoladas? Tem um ramal, se o ramal tem problema, vamos resolver. A população é que não pode pagar o preço. E eu penso que a Marina entendeu e se Deus quiser nós vamos tirar aquele povo daquela situação”, disse Petecão.

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A estrada que liga Porto Walter a Rodrigues Alves foi aberta pela prefeitura e o governo do Acre em outubro de 2023 e chegou a ser celebrada na região como o fim do isolamento para 11 mil portowaltenses, porém em 2023, a Justiça Federal bloqueou o acesso após atender uma ação do Ministério Público Federal que apresentou os impactos ambientais na Terra Indígena Jaminawá e a falta de consulta aos povos indígenas da região antes da construção. Segundo o MPF, a estrada foi aberta sem autorização dos órgãos federais e sem consultar as comunidades indígenas de forma livre, prévia e informada.

Para chegar a Porto Walter só é possível de avião de pequeno porte ou pelo rio Juruá. Na maior parte do ano, o manancial oferece condições de navegação, porém entre os meses de julho, agosto e setembro, o acesso por água fica comprometido pelo baixo nível do rio, o que compromete o abastecimento da cidade, lembra o senador.

Na sexta-feira (25), o rio atingiu 5, 22 metros, segundo a Defesa Civil, e a seca na região já é considerada a maior dos últimos cinco anos para o período.