..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

Secretaria de Estado de Produção e Agronegócios planeja produção de grãos em larga escala

Secretaria de Estado de Produção e Agronegócios planeja produção de grãos em larga escala

A Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa) completa 60 dias de nova gestão nesta terça-feira, 14, e realiza uma avaliação do trabalho proposto nos primeiros meses da gestão do secretário de Estado Edivan Azevedo.

A prioridade do governo Gladson Cameli é abrir o Acre para o agronegócio, dando uma grande oportunidade para a produção de grãos em larga escala, além de valorizar os pequenos produtores da agricultura familiar, fortalecendo assim toda a cadeia.

O primeiro trabalho desenvolvido pela nova gestão da Sepa foi a visita em todos os escritórios da secretaria – Emater, Cageacre e Idaf – nos 22 municípios, durante as quais foram apresentadas as cadeias produtivas de cada local, a estrutura e as condições de trabalho.

Em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (Fundepec), todas as sedes do Idaf estão passando por reformas para atender uma das exigências do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), que além das reformas tem também o objetivo de retirar a vacinação contra a febre aftosa no Estado do Acre. A meta é erradicar a vacinação em março, quando o Estado passará por uma auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

O secretário de Estado de Produção e Agronegócios salientou que a secretaria já trabalha o planejamento de ações para 2020. “O projeto de desenvolvimento econômico do Acre pelo agronegócio é uma das principais propostas do governador Gladson Cameli, que não mede do esforços para conquistar novos investimentos e o fortalecimento da agricultura familiar, do pequeno ao grande produtor”, explica o secretário.

Azevedo comentou que a equipe técnica da secretaria tem se empenhado em planejar as ações desse ano e iremos interligar com as demandas dos escritórios de todos os municípios. “Estamos realizando uma síntese desse planejamento para que seja devolvida aos escritórios o trabalho que será executado em cada município”, ressaltou o secretário Edivan.

Para o diretor de gestão financeira, Lúcio Cézar da Cunha, nesse período de chuva é o momento de planejar. “Estamos reorganizando a secretaria com um novo organograma, para montarmos as equipes para que em abril e maio, possamos ir a campo para que o Estado desenvolva e produza”, afirmou Lúcio Cézar.

O diretor de produção Nilton Bayma explicou que a fusão da Seap e Seaprof na Sepa foi positiva para atender o produtor. “Os termos de cooperação técnica com a Embrapa, Funasa e outras instituições fortalecem nosso trabalho, este ano estamos trabalhando diretamente com os produtores com novas tecnologias e assistência para que o estado se desenvolva e o produtor tenha boas oportunidades”, salientou Nilton Bayma.

“Temos ações transversais com a Seinfra, que irá recuperar os ramais, no valor de R$ 94 milhões em recuperações de ramais estratégicos para a produção, na linha que interliga com BR-317 e a BR-364, na parte sudeste do Acre e com a Seict, que nos dará o suporte na área de negócios com as novas tecnologias”, completou o secretário.

Acre Livre da Aftosa

O Acre é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa e inspeção animal. Possuindo cerca de 3,3 milhões de cabeças de gado, com um patrimônio pecuário avaliado em R$ 4 bilhões. O setor é o terceiro que mais movimenta economicamente o PIB do estado, com cerca de R$ 1 bilhão anualmente.

A meta da secretaria é que, em março, o Acre será livre da febre aftosa sem vacinação.

SECRETA 02

Em busca de recursos

A secretaria esteve com os parlamentares acreanos estaduais e federais, em busca de recursos para os pleitos da Sepa no fortalecimento das ações com o produtor rural. Em audiência com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina e foram apresentadas as demandas dos produtores rurais, a preocupação no atendimento das exigências ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil para a retirada da vacina de Febre Aftosa e a necessidade de um fiscal agropecuário permanente na alfandega de Assis Brasil para a facilitação da exportação de grãos do Acre para o Peru, o que ajudará a desburocratizar e a fomentar a economia acreana. A ministra se comprometeu em atender à solicitação da Sepa.

Reestruturação do FUNAGRO

Uma das prioridades do planejamento da Sepa é a reestruturação do programa Fundo Agropecuário Estadual (Funagro), que dará a possibilidade de realizar a mecanização agrícola do produtor rural, por meio da alocação de máquinas diretamente ao produtor. Para isso acontecer será realizada uma recuperação nas máquinas da Sepa em todo o estado no período invernoso para que no período de estiagem a secretaria garanta as condições de atender o produtor rural.

Recuperação de Recursos

A secretaria conseguiu recuperar um recurso junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de R$ 20 milhões para o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA), que será executado até novembro deste ano nas 5 cadeias produtivas: fruticultura, castanha, borracha, pecuária leiteira e suinocultura. O público contemplado serão os produtores familiares, as comunidades indígenas e os ribeirinhos, envolvendo o fomento e a assistência técnica para que estes possam produzir.

Pecuária mais eficiente

Para atender pequenos produtores de bovinos, na pecuária de corte e de leite em que a Sepa entra com a assistência técnica, para aumentar o número de cabeças por hectare sem avançar na floresta. O recurso por meio do Programa REM – KFW, de R$ 6 milhões será executado neste ano de 2020.

Dentro do programa, a Sepa trabalha com a meliponicultura, pecuária de leite e de corte sustentável, subsídio da borracha e o Murmuru.

Produção de grãos

O Estado pretende, entre os meses de março e abril, desenvolver a cultura do girassol, um oleaginoso. O grão pode ser utilizado para consumo animal, extração de óleo e obtenção de farinhas que servem como ingrediente para a produção de pães e outros alimentos. A plantação de girassol ainda pode servir de base para a produção de mel de abelhas.

A projeção é ter quatro safras: soja, milho, feijão e girassol. A intenção é que se faça em uma mesma área três safras, verticalizando a produção sem horizontalizar a área de cultivo, aumentando a produção e robustecendo o agronegócio.

A cadeia de grãos tem sido prioritária, com o governo na tentativa de atrair investidores e oportunizando negócios para o estado em um movimento que atrai vultosos investimentos ao Acre sem qualquer despesa significativa ao governo, mas que será beneficiado pelo aquecimento da economia e arrecadação de impostos na cadeia de produção.

Complexo de silos

A agricultura comercial e a agricultura familiar são importantes na balança comercial do Estado e as duas fazem o agronegócio. A comercial para a exportação, rendendo dividendos para o estado, e a familiar que está na mesa de cada dia. “Estamos trabalhando firme no projeto de um complexo de silos, com um investimento de R$ 9 milhões, por meio de emendas parlamentares ou financiamento direto com o BNDES que será instalada em Senador Guiomard”, explica o secretário.

A proposta é que em 2021, seja construído uma estrutura de silos com grande capacidade, para que o produtor tenha uma estrutura de secagem e armazenagem do grão produzido no Acre.

Cooperativismo agropecuário

Edivan diz ainda que o cooperativismo agropecuário tem importante participação na economia brasileira, sendo responsável por quase 50% do PIB agrícola e envolvendo mais de 1 milhão de pessoas. Dentre todos os ramos de atuação do cooperativismo brasileiro, o agropecuário tem papel de destaque, com 1.597 instituições e 180,1 mil produtores cooperados. Estima-se ainda, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que 48% de tudo que é produzido no campo brasileiro passa, de alguma forma, por uma cooperativa.

“As cooperativas agropecuárias contribuem para manter o agricultor no campo, fomentando a comercialização de seus produtos e fornecendo serviços a seus cooperados. A Sepa pretende estimular o cooperativismo agropecuário privado, seguindo políticas exitosas de outros estados. Já está firmando parcerias com a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB), que demonstrou interesse em trabalhar em parceria, para que a cultura do cooperativismo seja estabelecido no Acre”, finalizou.