O secretário municipal de Finanças de Rio Branco, Wilson Leite, e a diretora de Orçamento da Prefeitura, Renata Costa, concederam entrevista ao Notícias da Hora (NH) na manhã desta segunda-feira, 15, para esclarecer a real situação financeira da Capital. Segundo os gestores, as finanças do município seguem equilibradas, com pagamentos em dia e sem qualquer cenário de crise fiscal.
Leite rebateu informações divulgadas recentemente por um site local que apontavam uma suposta situação caótica nas contas públicas. De acordo com o secretário, os dados oficiais e os reconhecimentos recebidos pela gestão municipal comprovam a solidez financeira da Prefeitura de Rio Branco.
“Rio Branco ficou em quarto lugar entre as Capitais que conquistaram o selo Capag A+ (nota máxima na avaliação de Capacidade de Pagamento do Tesouro Nacional), o que demonstra o cuidado permanente com as contas públicas. Isso não condiz com a narrativa de caos financeiro”, afirmou.
O secretário explicou que o município acompanha o ritmo moderado de crescimento econômico nacional, com aumento gradual das receitas, o que exige planejamento rigoroso e controle das despesas. “As receitas crescem entre 1% e 3%, enquanto as demandas só aumentam. Por isso, o gestor precisa definir prioridades, assim como acontece em qualquer orçamento familiar”, destacou.

Segundo Wilson, a Prefeitura mantém o pagamento em dia de servidores e fornecedores e não possui histórico de inadimplência. Ele ressaltou que o remanejamento orçamentário é uma ferramenta necessária para direcionar recursos a áreas essenciais, como saúde, educação e abastecimento de água. “Não adianta inflar o orçamento. Trabalhamos com a realidade da receita para não prometer serviços que não podem ser executados”, acrescentou.
A diretora de Orçamento, Renata Costa, esclareceu as informações relacionadas ao chamado “déficit primário” apontado em projeções para 2026. Conforme explicou, o termo não representa falta de recursos financeiros, mas uma estimativa técnica baseada na capacidade de pagamento e no uso de superávits acumulados desde a pandemia. “O município é superavitário. O resultado primário é de R$ 89 milhões, conforme os relatórios oficiais. Não existe rombo nem déficit financeiro”, explicou.
Leite destacou que a capacidade de pagamento positiva do município permitiu a liberação recente de empréstimos e garante o pagamento em dia dos servidores, incluindo salários e décimo terceiro. “Um município quebrado não conseguiria empréstimos e não estaria pagando seus servidores em dia”, enfatizou.
Wilson afirmou ainda que a gestão mantém um controle rigoroso dos gastos ao longo de 2025, com orientações constantes às secretarias para assegurar o equilíbrio fiscal e a transparência. “O controle das contas públicas é uma marca da gestão. Estamos à disposição para esclarecer dúvidas e apresentar os dados de forma transparente à população”, enfatizou

