A candidata Socorro Neri (PSB), que tenta a reeleição em Rio Branco, foi a que menos teve a chance de expor as propostas de campanha. Quase sempre a última a falar, a socialista foi isolada pelos seis outros candidatos que participavam do debate da TV Gazeta, na noite deste sábado, dia 07.
A maioria das perguntas foi feita inicialmente entre os seis candidatos homens (Tião Bocalom, Jamyl Asfury, Daniel Zen, Jarbas Soster, Minoru Kinpara e Roberto Duarte), deixando Socorro Neri sempre como última e obrigatória opção, já que todos, pela regra do debate, precisavam falar. Ficou clara a tentativa de deixá-la apenas para as críticas.
Apesar de todos terem o mesmo tempo de fala, Socorro Neri precisou explicar mais os problemas ligados à gestão dela - que dura pouco mais de dois anos, já que era vice-prefeita, e só assumiu o posto em abril de 2018-, do que conseguia de fato expor o que pensa em fazer num mandato somente dela.
Única mulher na corrida pela prefeitura, Neri ainda conseguiu dizer, ao final do debate, algumas das propostas que tem para a geração de renda e novos empregos na capital acreana. Mas gastou muito mais tempo tentando justificar o que seria ou não possível de se fazer com o orçamento do município, e, atrasada em relação ao tempo, foi “cortada” várias vezes.
Em um plano geral, o debate em muito pouco acrescentou. Os candidatos utilizaram o tempo preciso de televisão para criticar uns aos outros, deixando de lado o verdadeiro objetivo do encontro: mostrar aos eleitores da capital quem é o melhor candidato para cuidar da cidade pelos próximos quatro anos.