O debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (10) foi em torno do áudio da secretária Municipal de Educação, Nabiha Bestene, que diz ter alertado o prefeito Tião Bocalom (PL) da necessidade de realizar concurso público antes do período eleitoral. Como nada foi feito, mais de 500 profissionais não poderão ter os contratos renovados.
O primeiro a falar sobre o assunto foi o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). “A fala da secretária de Educação, professora Nabiha Bestene, parente direta do candidato a vice-prefeito de Bocalom, cargo de confiança desde o início da gestão, é uma espécie de desabafo de uma crise de ‘sincericídio’, de afirmações gravíssimas. O prefeito deveria responder por vários processos. A secretária afirma que tomou providências, que questionada pelo prefeito, ela tentou justificar que precisava ter um banco de reservar para substituições eventuais inclusive para a permanência do próprio ano letivo”, afirmou.
Michelle Melo (PDT) também comentou o assunto. Disse que a má gestão de Bocalom “deixou mais de 500 pessoas sem contrato. Ou seja, ele está na eminência de não ter a educação infantil como se deve”. “As crianças vão ficar sem aula porque o senhor deixou, prefeito turrão”.
Emerson Jarude (Novo) disse que o ideal era renovar os contratos até dezembro deste ano, para não colocar em risco o ano letivo. “Eu sei que a gente estar em um período eleitoral, mas acima de tudo temos que ter responsabilidade. Coisa que falta na atual gestão. Sempre digo que a péssima gestão é tão ruim quanto à corrupção” disse Jarude ao acrescentar: “imaginem vocês estarem sem 550 mediadores? Àqueles que precisam de uma atenção especial serão os mais prejudicados, portanto é um serviço inadiável, urgente. Não pode parar. Seria o mais interessante renovar esses contratos até o final do ano letivo e preparar o cadastro de reserva para assumir no próximo ano letivo”.