Simplesmente não compareceu. Foi assim a reunião Comissão de Segurança Pública da Assembleia, realizada hoje (29), que esperava receber o presidente do Iapen, Alexandre Nascimento, para ouvir a respeito das denúncias contra ele, de assédio moral.
Edvaldo Magalhães (PCdoB) classificou a atitude de Alexandre Nascimento de “completo desprezo com a Assembleia”. O parlamentar afirmou que sequer Alexandre Nascimento justificou a ausência.
“Estamos presenciando uma atitude de completo desprezo. Ele não mandou nem um bilhete dizendo: rapaz, eu não vou aí não, seus babacas. Um tapa na cara de todo mundo. Não seja outro caminho a não ser convoca-los com todas as consequências de uma convocação, para que ele respeite esta Casa”, disse o líder oposicionista.
O deputado Gene Diniz (PP) concordou com Edvaldo Magalhães, de que é preciso convocar o presidente do Iapen. “O que temos o que fazer é isso: aguardar uma convocação e ele tem que comparecer, senão vai sofrer os rigores da lei”.
Outro que foi duro em seus argumentos foi o deputado Pablo Bregense. “Desrespeito total desse rapaz, desse senhor com a Assembleia. Temos que tomar uma medida enérgica. Não é porque somos base que vamos deixar essa falta de respeito com os deputados, que tanto lutaram para não deixar ele vir de forma coercitiva para este parlamento. Não podemos deixar que esse parlamento passe este tipo de vergonha.
Michelle Melo (PDT) disse que “quem lida com assédio moral e sexual, a gente entende o padrão desses homens”, ao se referir a Alexandre Nascimento.
Arlenilson Cunha, presidente da Comissão de Segurança Pública, disse sentir-se “envergonhado” com o gesto de Alexandre Nascimento. Ele também concordou que agora Nascimento seja convocado para ir ao plenário da Casa.
“Eu me sinto envergonhado porque é um colega de farda. Todos que foram convocados compareceram, mas hoje tivemos um momento inédito. Hoje ele teria a oportunidade de exercer o seu direito ao contraditório e à ampla defesa. O presidente do Iapen faz um desrespeito com essa Casa. Ele deveria avisar essa Comissão, não a Casa Civil”.