O senador Marcio Bittar afirmou que teve acesso a mensagens de WhatsApp que comprovam uma articulação entre o governador Gladson Cameli e o ex-senador Jorge Viana, feitas por meio de um interlocutor junto ao vice-presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda. As declarações de Bittar foram feitas ao jornalista Luciano Tavares, no Papo Informal desta quinta-feira (4).
“Eu estava em Brasília na segunda-feira, ao lado do vice-presidente do União Brasil, quando um interlocutor tentou falar com ele várias vezes, em nome de uma figura importante da República do Brasil. Como ele [Antônio Rueda] não pode atender, o interlocutor escreveu no ‘zap’ dele.: ‘olha, eu estou fazendo um pedido em nome de fulano de tal, para que você consinta, aceite, do União Brasil, eu li a matéria, eu li o que estava no ‘zap’, para que você aprove que o deputado Alan Rick vá para a chapa como vice do governador Gladson Cameli para ajudar a candidatura do Jorge Viana para o Senado. Ele leu para mim, eu vi, em seguida ele [Antônio Rueda] ligou para o Flávio Bolsonaro, eu estava no lado dele, colocou no viva-voz e disse em seguida de que autoridade aquela pessoa estava falando”, acusou o senador.
Marcio Bittar falou, ainda, de uma outra reunião que ocorreu na casa de um empresário com a presença de Alan Rick. O empresário, que não teve o nome revelado por Bittar, figura como suplente de Jorge Viana.
“O que eu não posso concordar é com o governo que eu ajudei a eleger abrindo caminho para esquerda voltar. Ora, eu sei da reunião que teve do governador, deputado Alan Rick participou, na casa de um empresário que eu nem sabia que existia. Nada contra, deve ser um homem de bem, que foi indicado para o primeiro suplente do Jorge Viana para o Senado”, disse.
Ao falar sobre Marcia Bittar, ex-esposa do senador, ele pontuou que ela foi vítima de ataques promovidos por aliados. “Não posso deixar de reconhecer que o grosso dessa campanha difamatória contra essa mulher, contra essa mãe, a mãe dos meus filhos, veio muito do governo que eu ajudei a eleger”