Servidores dos órgãos ambientais federais no Acre e de mais dez Estados entrarão em greve a partir do dia 24 deste mês, conforme anunciado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional).
A paralisação afetará unidades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, e Rio Grande do Sul aderiram à greve. Distrito Federal, Bahia e Santa Catarina seguirão com a paralisação a partir de 1º de julho, enquanto os servidores do Ceará decidiram contra a mobilização.
A principal motivação da greve são as condições salariais e de carreira. Os servidores reivindicam reajustes salariais, reestruturação de carreira e equiparação de vencimentos com outras entidades, como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Atualmente, um analista ambiental recebe cerca de R$ 15 mil, enquanto um especialista em regulação na ANA tem um salário final de R$ 22,9 mil, o que demonstra uma disparidade significativa.
A Ascema Nacional ressalta que a paralisação pode impactar serviços essenciais como regulação, auditoria, gestão de políticas públicas, licenciamento e fiscalização ambiental.
Desde o início do ano, fiscais do Ibama e ICMBio já operavam de forma limitada, o que resultou em restrições na emissão de novas licenças, concentrando esforços na análise e monitoramento de empreendimentos já licenciados, especialmente no setor de petróleo e gás.
O impasse entre os servidores e o governo federal se intensificou após o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos encerrar as negociações salariais, alegando restrições orçamentárias.