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POLÍTICA

Sessão na Aleac esquenta após líder da oposição ler pedido da PF sobre desmembramento da Ptolomeu e situação responde: ““não há uma denúncia”

Sessão na Aleac esquenta após líder da oposição ler pedido da PF sobre desmembramento da Ptolomeu e situação responde: ““não há uma denúncia”

O debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ficou quente nesta quarta-feira (11) após o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) fazer a leitura do pedido feito pela Polícia Federal à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, para que as investigações da Operação Ptolomeu sejam desmembradas em nove inquéritos.

O deputado Pedro Longo criticou a postura do líder da oposição. Disse que ainda “não há uma denúncia para que os supostos acusados possam se defender”. Ele frisou que diante disso “pediram [Polícia federal] o desmembramento para ver se acham alguma coisa”.

“Todo nós sabíamos que um desvio desta monta quebraria o Estado. Sabe quanto está sendo investigado? R$ 16 milhões. De R$ 830 milhões caiu para R$ 16 milhões. O Acre já assistiu muitos casos que expuseram as pessoas. Eu vou citar a Operação G7 que ao final não havia crime. Quero lembrar o caso do Marcus Alexandre, que sofreu 47 inquéritos. Sabe quantos sobreveio? Nenhum. Vou citar a Máfia dos Precatórios, o Ministério Público Estadual pediu o arquivamento. Quero dizer aqui que confiamos no governador Gladson Cameli. Até este momento é uma condução unilateral, mas acho que o tempo está se prolongando demasiadamente”, disse Pedro Longo.

Em resposta, Edvaldo Magalhães disse que Pedro Longo “bate no carteiro” ao invés de questionar quem de fato elaborou e coordena as investigações, que é a Polícia Federal, e quem julga, no caso a ministra Nancy Andrighi. O parlamentar disse que apenas leu o pedido feito pela PF à STJ.

O deputado Marcus Cavalcante também saiu em defesa de Gladson Cameli. “Não vamos prejulgar. Deixe que a justiça tome conta. Vamos utilizar a presunção da inocência”, disse.

Trecho do texto lido por Edvaldo Magalhães aponta para “uma sistêmica organização criminosa, aparentemente engendrada na cúpula do Poder Executivo do Estado do Acre, controlada pelo governador Gladson de Lima Cameli, e formada por uma vasta rede de agentes públicos e particulares”.

Segundo o documento, assinado pelo delegado da Polícia Federal, Pedro Henrique do Monte Miranda, “a presente investigação atingiu um grau de verticalidade (profundidade) e horizontalidade (quantidade de cases) que demandam saneamento pela ministra relatora por meio do desmembramento do Inquérito 1475/DF em inquéritos menores”.