FALTA COMIDA - Adailton Cruz destaca que servidores de Rodrigues Alves fazem cotinha para comprar alimentos para pacientes internados no hospital no município
Um projeto de lei já batizado de “assassinato do SUS acreano” pelos servidores da Saúde pode estar sendo elaborado pela Casa Civil do governo do Estado em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde. O PL visa a criação de um instituto que visa simplificar as contratações, não sendo necessário a realização de concursos públicos, mas nos moldes da CLT. Seria a chamada terceirização da Saúde.
Nesse sentido, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, acompanhado de outros sindicatos ligados à área foram à Aleac pedir que os deputados não coloque a matéria para apreciação sem antes passar por uma discussão ampla.
Adailton Cruz disse que o sistema já é precário e caso seja terceirizado, o quadro pode piorar ainda mais. Ele acredita que ao terceirizar responsabilidades, o governo perderá o controle sobre os gastos públicos, facilitando a corrupção e o que é pior: a precarização do serviço.
“A terceirização é uma forma do governo fugir da sua responsabilidade. É pegar um bem público e entregar para uma empresa privada ter lucro. Então, nós estamos pedindo aqui que os deputados não deixem esse assassinato do SUS acreano acontecer”, pontua.
Adailton Cruz acrescentou que a situação em Rodrigues Alves, por exemplo, é tão precária, que falta até alimentos para a refeição dos pacientes. Ele credita tudo isso à falta de gestão.
“O estado está com um problema sério no interior. Sem profissional, sem gerente, medicamentos. Lá em Rodrigues Alves estão fazendo cotinha para comprar alimentos para os pacientes. A terceirização será o fim, porque ela acaba com o serviço público, acaba com o controle público e o poder da população cobrar”.