O enfermeiro Adailton Cruz, presidente do sindicato dos servidores da saúde, é contra os trabalhadores do setor baterem o ponto eletrônico durante o expediente de serviço nas unidades públicas do Acre. Ele informa que vai levar o caso ao Ministério Público Acre.
Para justificar o posicionamento dele, Adailton explica que há outras necessidades mais urgentes que a de colocar ponto eletrônico para saber quem trabalha ou não na hora de dar expediente. O grupo ligado a Adailton Cruz já foi aliado do governo, após insatisfeito com o espaço no governo, acabou saindo “pela porta dos fundos”.
“Neste intuito, já pedimos a suspensão, para que seja implantado somente após o estado garantir a cada trabalhador a devida estrutura, e que seja efetivamente exigido a TODOS, independente de função ou cargo”, escreveu o sindicalista no facebook. O enfermeiro também completou dizendo que faltam computadores para os servidores trabalharem.
“Já informamos oficialmente a SESACRE, que em meio a tantos problemas, o ponto eletrônico é apenas uma fagulha, e da forma que querem implantar, sem os devidos esclarecimentos, sem equipamentos suficientes para os trabalhadores assinarem (...) certamente alguns não terão acesso, e mais uma vez podem serem prejudicados, com cortes indevidos”, avalia o representante.
Adailton não é o único servidor e sindicalista inconformado com a decisão do governador Gladson Cameli. Na verdade, essa é uma exigência antiga de governo, mas que por questões políticas, nunca foi implementada para todos os trabalhadores. A medida tenta diminuir o número de servidores que “matam” o trabalho para resolver problemas pessoais.