No final da tarde desta terça-feira, 23, o Sindicato dos Camelôs e Feirantes de Rio Branco (Sincafe) expediu uma nota contrária ao encontro da prefeita Socorro Neri (PSB) e do governador Gladson Cameli (Progressistas). Segundo a nota, a visita e tinha outro objetivo que foi abolido para discussões de futuras alianças partidárias com vistas às eleições deste ano.
O Sindicato disse, ainda, que enquanto os mandatários do Estado e do Município discutiam alianças e trocavam palavras de afagos, a fiscalização seguia dura contra os ambulantes no Centro da Capital.
“O Sindicato dos Camelos e Feirantes de Rio Branco vem a público lamentar o encontro realizado hoje pela manhã da prefeita Socorro Neri e o Governador Gladson Cameli. A reunião foi realizada na obra do shopping popular para falar de sua inauguração e se falou de possíveis apoio do governador à prefeita Socorro Neri à reeleição. Enquanto eles falavam desses assuntos, em sua volta o rapa acompanhado pela Polícia Militar agia com dureza na fiscalização em cima dos camelôs e ambulantes. Será que existe somente o centro, onde reúne maioria pequenos empreendedores para fiscalizar? Importante observar que não é hora de falar se vai apoiar quem na eleição”, diz a nota.
Ainda de acordo com o Sincafe, os ambulantes e camelôs estão sendo os efeitos drásticos da pandemia do novo coronavírus, com suas rendas comprometidas. Os sindicalistas afirmam que não é o momento de se pensar em sucessão eleitoral e sim no socorro imediato aos pequenos comerciantes e ambulantes que ocupam o Calçadão da Benjamin Constant, no Centro de Rio Branco.
“PELO AMOR DE DEUS ESTAMOS MORRENDO DE FOME, não adianta a prefeita e governador está anunciando funcionamento do shopping sem saber da real situação dos que irão ocupar aquele lugar. Como iremos comprar mercadoria para colocar nas lojas do shopping, se estamos com as portas fechadas há mais de três meses? Muitos tiveram o pouco que tinha roubado, porque não conseguimos segurança. Como vamos colocar os móveis exigidos pelo padrão do shopping, se não temos dinheiro nem para comer? Pedimos o bom senso dos governantes de não pensar em eleição agora, precisamos estar vivos para até votar”, desabafa os camelôs e ambulantes de Rio Branco.