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POLÍTICA

Síndrome Alcoólica Fetal: debate na Câmara aponta caminhos para prevenção e cuidado em Rio Branco

Síndrome Alcoólica Fetal: debate na Câmara aponta caminhos para prevenção e cuidado em Rio Branco

A manhã desta segunda-feira (15) foi marcada por um momento de profunda reflexão e compromisso coletivo na Câmara Municipal de Rio Branco. Sob a condução do vereador André Kamai (PT), realizou-se a audiência pública em alusão ao Dia da Conscientização da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) — instituído pela Lei Municipal nº 2.275/2018. O encontro reuniu representantes do Ministério Público, Secretaria Municipal de Saúde, especialistas e sociedade civil em um debate necessário sobre prevenção, acolhimento e políticas públicas voltadas para mães e crianças.

Com tom sereno, mas firme, Kamai abriu a audiência ressaltando a importância de transformar a dor e a realidade de muitas famílias em políticas de cuidado. “Estamos aqui para dar voz a um problema que pode ser prevenido, mas que exige informação, responsabilidade e, acima de tudo, humanidade”, afirmou o parlamentar.

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A SAF é uma condição causada pela exposição do feto ao álcool durante a gestação, sendo considerada a principal causa de deficiência intelectual não genética no mundo. Apesar de sua gravidade, ainda é pouco discutida entre a população e até mesmo no meio profissional de saúde. Por isso, o encontro foi espaço de aprendizado, mas também de encaminhamentos práticos.

Entre as medidas apontadas como urgentes, destacou-se a necessidade de campanhas educativas permanentes, ampliação da formação de profissionais da saúde, inserção do tema no pré-natal e fortalecimento das redes de apoio às gestantes. Para o ex-vereador Rodrigo Forneck, “é preciso que esse debate ultrapasse os muros da Câmara e chegue às comunidades. Informação salva vidas e evita que crianças nasçam com sequelas que poderiam ser prevenidas”.

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Na mesma linha, o promotor de Justiça da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, Dr. Ocimar Sales, destacou o papel da rede de proteção. “Não basta apenas informar. Precisamos garantir políticas públicas efetivas, articuladas entre saúde, assistência social e educação, para que nenhuma gestante se sinta sozinha nesse processo”, reforçou.

O secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, se comprometeu a integrar o tema nas ações de atenção básica: “Nosso desafio é tornar a prevenção da SAF parte do cuidado de rotina, especialmente no pré-natal. É lá que conseguimos orientar e acolher as gestantes no momento certo”.

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A audiência também foi marcada pela emoção. A representante da sociedade civil, Cleisa Brasil, lembrou que “quando falamos de SAF, falamos de crianças que poderiam estar vivendo plenamente, mas que carregam marcas de uma decisão tomada sem a devida orientação. Por isso, precisamos ser multiplicadores dessa mensagem”.

Ao final, foi dada uma Moção de Aplauso ao ex-vereador Rodrigo Forneck, autor da lei que instituiu o Dia Municipal de Conscientização da SAF, reconhecendo a importância histórica de sua iniciativa.

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O saldo da audiência foi de esperança e responsabilidade compartilhada. Mais que uma data no calendário, o 9 de setembro agora se reafirma como um chamado à prevenção e à empatia. A Câmara Municipal, sob a voz de Kamai e dos parceiros institucionais, mostrou que o debate público pode ser um espaço de cuidado e transformação social.