“Será grande vitória para os trabalhadores rurais”. A frase é do presidente do Sindicato dos Extrativistas e Trabalhadores Assemelhados de Rio Branco (Sinpasa), Jozimar Ferreira, depois de participar de uma reunião na Estrada Transacreana, região do Barro Alto, na manhã desta segunda-feira (30). A Federação da Agricultura (Fetacre) apoia a reivindicação, que vai beneficiar cerca de 40 famílias, e conta com o apoio de órgãos federais como o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
São 1.400 hectares da extinta Fazenda Princípio e Gaivota. Esta última pertencente ao Banco do Brasil. “Eles deixarão a condição de posseiros para empreendedores rurais, inclusive podendo fazer financiamentos para aumentar e diversificar a produção familiar”, assegurou o superintendente da MDA, Cesário Braga. A agricultora Clivia Pinto da Silva, de 24 anos, disse que, com o documento em mãos, iria plantar frutas em escala maior e vender para uma agroindústria. “O meu sonho será transformado em realidade”.
Tem direito ao título pequenos posseiros que ocupem áreas desapropriadas, cujo tamanho não ultrapasse 3,14 hectares, e atendam a outros requisitos estabelecidos pela legislação de posses, como ter moradia fixa ou habitual na área, além da condição de não serem servidores públicos. “Estamos fazendo um pré-cadastramento porque, no próximo mês, a equipe do Incra vai começar o procedimento documental”, explicou Pedro Neri Martins, de 60 anos, que ainda acrescentou: a agricultura familiar precisa ser uma prioridade.