O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu com apoiadores na manhã de hoje, na saída do Palácio da Alvorada. Ao ser perguntado sobre o seu estado de saúde, o chefe do Executivo nacional voltou a se definir como "imbroxável", se categorizando também como "imorrível" e "incomível".
Uma frase similar foi dita por Bolsonaro no sábado (15), na manifestação que ocorreu no centro de Brasília. O presidente disse que o patrimônio que tem é "a fé" e que há uma guerra ideológica no país, na qual ele leva "porrada 24 horas por dia", mas que ainda assim é "imbroxável".
Hoje, no Alvorada, Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social adotado em estados para evitar a propagação da covid-19. Na perspectiva do presidente, esse grupo é de "idiotas" e que o "agro não parou".
Sem máscara, o gestor federal cumprimentou com abraços e apertos de mão grande parte dos que aguardavam por ele, de forma aglomerada.
Uma apoiadora pediu que Bolsonaro se recusasse a aprovar o Projeto de Lei No 399, que autoriza o plantio de maconha no País para fins medicinais. Segundo a versão da eleitora, o texto seria para legalizar o uso da maconha, no geral.
Em resposta, o presidente disse que a esquerda "sempre pega uma oportunidade para querer liberar as drogas", mas são contra a ivermectina e a cloroquina. Os medicamentos não têm eficácia comprovada, mas continuam sendo recomendados pelo presidente e pelo Ministério da Saúde para combater a covid-19.
Definição de ICMS sobre combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro manifestou o interesse em apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma ação para definir um valor fixo em cada estado para o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis.
O ICMS é calculado com um percentual acima do valor cobrado pelas refinarias. A intenção de Bolsonaro com o projeto enviado ao Congresso era que esse tipo de cobrança fosse feita com um valor fixo, em reais, como a Cide — contribuição federal que também incide sobre os combustíveis.
De acordo com o presidente, hoje não é possível saber qual a composição do preço do combustível em termos tributários atualmente e, por isso, a população o culpa pelos aumentos.
Diálogo com apoiadores no Alvorada
Se tornou uma prática, em Brasília, que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se aglomerem diante de um portão do Palácio da Alvorada para levar pedidos e agradecimentos, mesmo durante a pandemia do coronavírus.
A prática se tornou comum desde que o presidente deixou de falar com a imprensa, por conta do desgaste que ocorreu em junho do ano passado. Com isso, os apoiadores passaram a ser recebidos no Alvorada, que é a residência oficial do chefe do Executivo nacional.