Após ser acusado por colegas do próprio partido, o MDB, de ter cometido improbidade administrativa, durante o período em que foi prefeito de Manuel Urbano, o deputado estadual Tanizio Sá se defendeu. O parlamentar disse que não tem nenhuma condenação e que alguns desses processos já foram arquivados.
Tanizio disse que alguns dos processos se originaram em atos necessários para o funcionamento da máquina pública. Em 2017, quando ele virou prefeito, o Município Manuel Urbano sofria uma grave crise financeira por estar acima do limite de gastos, o que o obrigou a tomar medidas amargas como demitir servidores.
“Esses processos de improbidade que tem aí, se você olhar aí não tem nenhuma condenação. Quando eu assumi a prefeitura de Manuel Urbano em 2017, como prefeito daquela cidade, o município estava com um percentual de gastos de 83%. Eu fiz tudo que tinha que fazer para baixar, infelizmente você não pode baixar da noite para o dia. São servidores de carreira, isso era o percentual. Reduzi de 14 secretarias para cinco, tirei todos os cargos comissionados e gratificações, mas mesmo assim não chegamos num limite. Então se você perceber, nesses processos aí, não tem processo para o crime de desvio de conduta e desvio de recursos públicos, são processos por ato de improbidade. O Ministério Público tem que fazer isso, né, quando o Tribunal de Contas aciona, porque o gestor não está cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Você sabe que nós somos regidos pela legislação, e a Constituição Federal, emenda 25, diz que o gestor não pode gastar mais do que 54% com pessoal. Inclusive tem processo arquivado já, por conta de o Tribunal ter revisto, reconhecido o nosso esforço, ter retirado as multas e o Ministério Público de Contas também pediu arquivamento do processo, que já foi até arquivado. Como gestor eu fiz, procurei zelar bem pelo recurso público.”
As acusações circularam nos corredores do MDB, durante a guerra já controlada entre o deputado e o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales.
Ontem à tarde, na Chácara das Araras, residência do ex-governador Flaviano Melo, os emedebistas, acompanhados de outros dirigentes, chegaram a um entendimento de que Vagner vai presidir o MDB até agosto de 2025, mês das eleições para escolha da nova direção do partido, e Tanizio compõe a executiva como vice-presidente.