O presidente licenciado do PDT e deputado estadual reeleito, José Luís Tchê, afirmou nesta sexta-feira (21) desconhecer qualquer acordo que coloque o nome do deputado estadual Pedro Longo, seu colega de partido, como vice na chapa encabeçada por Luiz Gonzaga (PSDB), à presidência da Assembleia Legislativa do Acre. Tchê disse que qualquer decisão, passará, primeiro, pela Executiva Estadual, observando uma orientação do PDT nacional.
“Eu estou muito tranquilo, o PDT está tranquilo. Inclusive, quem vai decidir o destino de quem vai para a Mesa Diretora é o Partido. O mandato não é do parlamentar. O mandato é do Partido. Não tem acordo não, a não ser que fizeram entre três ou quatro, mas não tem acordo não. Não tem validade nenhuma pra nós. O PDT vai ter um candidato. Quem vai decidir é a Executiva do Partido. Inclusive, nós temos uma orientação da nacional sobre isso”, disse Tchê.
José Luís Tchê, que está licenciado do comando do PDT em virtude das eleições, afirmou que assume a sigla em novembro. Ele fez questão de enaltecer o trabalho do atual presidente, Emylson Farias. “Assumo o partido agora em novembro. Eu estava licenciado para tornar a eleição mais transparente possível. O Emylson fez um grande trabalho. Foi um grande presidente. A princípio, eu assumo, e o partido discute a nova executiva para o ano que vem. Também não quero continuar, não. Só vou cumprir esse final de mandato”.
Para Tchê, a discussão para a Mesa Diretora do próximo ano está sendo atropelada. O parlamentar disse que é preciso esperar primeiro a diplomação dos eleitos pelo Tribunal Regional Eleitoral. Parecendo prever uma mudança no cenário político antes da diplomação, Tchê disse que é prematuro. Ele aproveitou para questionar a dobradinha Luiz Gonzaga – Nicolau Júnior, presidência e primeira-secretária, respectivamente.
“Então, o que eu acho? Queimaram etapa. A primeira etapa é a eleição: está eleito. Segunda etapa: prestação de contas. Prestou contas até o final do mês. A terceira etapa, a diplomação. Depois de diplomado, aí tu sabe quem foi diplomado, quem vai disputar, pode ter acontecido no caminho algum percalço aí. Você está antecipando, e eu acho, inclusive, um desrespeito com os novos deputados de já lançar um nome de um candidato, principalmente essa dobradinha de presidente e secretário e secretário e presidente. E, por que tem que ser essa dobradinha?’, pontua.
E alertou: “eu acho que estão queimando etapas, na minha avaliação. Segundo, você não constrói a Mesa centrada em três ou quatro pessoas e vai dizendo como é que tem que ser. Tudo é uma composição política. É muito diálogo, muita conversa. O PDT tem a maior bancada. Se o PDT tem a maior bancada, por que nós vamos ser vice? Proporcionalmente, está na nossa Constituição, o nome de presidente é da maior bancada. Está lá. Se você vai respeitar isso é outro problema. Cabe analisar lá na frente”.