Proposta de Bittar de limitar o pagamento de precatórios foi considerada “esdrúxula” pelo Ministério da Economia
O senador Marcio Bittar (MDB/AC) parece estar começando a viver um inferno astral. Isso porque ele está em rota de colisão com o ministro da Economia Paulo Guedes e assessores por conta da criação do Renda Cidadão. Esta semana, o assessor especial de Guedes, Guilherme Afif Domingos, disse que a ideia de usar dinheiro dos precatórios para financiar o programa não partiu do Ministério e sim de Marcio Bittar.
Afif fez duras críticas à proposta de Bittar, que deve estar na PEC Emergencial e do Pacto Federativo. Um recado claro de Paulo Guedes a Bittar, o assessor diz que o programa Renda Cidadã financiada com os precatórios postergaria o pagamento de dívidas. Ou seja, trocar seis por meia dúzia.
“Nós não vamos postergar dívida para arrumar dinheiro para fazer programas sociais, porque esses programas vão ter um cunho permanente, e esse postergamento de dívida é provisório, vai descasar no orçamento, não vai dar certo. É uma proposta esdrúxula que não tem cabimento”, disse o assessor de Guedes.
Ao entrar ainda mais no assunto, deixou claro que a posição de Paulo Guedes é “negativa”. “O que ministério aponta no orçamento é exatamente a relação das despesas e uma que salta aos olhos é o volume de precatórios para o próximo Orçamento, que teve crescimento vertiginoso. Isto é apontado no Orçamento, seu volume, agora dizer que ali viria haver uma limitação para sobrar dinheiro para um programa de renda, isso não saiu do ministério. E, portanto, posso dizer com toda certeza que a posição do ministro é negativa”.