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POLÍTICA

Todas as prefeituras do Acre têm nota “ruim” ou “péssima” de transparência, mostra Coletivo Cidadão Monitor

Todas as prefeituras do Acre têm nota “ruim” ou “péssima” de transparência, mostra Coletivo Cidadão Monitor

Dados divulgados nesta terça-feira (16) revelam que todos os municípios acreanos têm níveis ruim ou péssimo de transparência, pontuação especialmente negativa em relação à transparência dada às obras públicas e ao recebimento de emendas parlamentares - sejam federais, estaduais ou municipais.

Esse resultado preocupa, em particular, num ano eleitoral, já que obras e emendas são recursos frequentemente capturados e que podem distorcer a resposta das urnas. O Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) do Acre, produzido pelo Coletivo Cidadão Monitor com apoio técnico da Transparência Internacional – Brasil, que avaliou os 22 municípios do Estado, tem como objetivo oferecer um índice confiável para que a sociedade, a imprensa e os próprios órgãos de controle tenham acesso à informação e monitorem as ações do poder público na promoção da transparência e da participação social e no combate à corrupção.

O ranking também tem como meta estimular o poder público a promover continuamente a transparência de suas ações e reconhecer o bom trabalho realizado por algumas prefeituras.

Os resultados demonstram que, apesar de ocuparem os primeiros lugares, Rio Branco e Assis Brasil apresentam nível “ruim” com 36,4 e 26,7 pontos, respectivamente. Dentre os 22 municípios avaliados, 10 obtiveram nível “ruim” e 12 apresentaram nível “péssimo”.

O ranking avaliou seis dimensões (legal, plataformas, administração e governança, obras públicas, transparência financeira e orçamentária, e participação e comunicação) para identificar se os municípios possuem estruturas e práticas adequadas para compartilhar informações cruciais para que jornalistas, ativistas, órgãos de controle e a população geral possam acompanhar os recursos públicos. Isso inclui transparência no recebimento de emendas parlamentares, em detalhes da contratação de obras públicas e licitações, nas licenças ambientais, na concessão de incentivos fiscais a empresas, nas agendas dos prefeitos e na realização de consultas públicas, entre outras práticas analisadas

No geral, as piores notas foram na dimensão que avalia a transparência de obras públicas e na que avalia a transparência de atividades típicas do poder executivo. Esta situação compromete significativamente a capacidade dos cidadãos de acessar e analisar informações cruciais sobre licitações, contratos e execução de obras, essenciais para a fiscalização. Apenas Rio Branco conta com uma plataforma ou portal específico para dar transparência às obras no município, com informações sobre orçamento, valores pagos, contratações, localizações das obras e medições. Apesar disso, a capital também foi comparada em ranking de todas as capitais brasileiras, realizado pela Transparência Internacional – Brasil, onde ocupou a penúltima posição.

Veja o ranking

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