A contratação de um restaurante fechado há mais de um ano, e supostamente sem capacidade técnica comprovada e conferida, para realização serviço de consultoria para a Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB), virou confusão no plenário da Câmara Municipal de Rio Branco, nesta terça-feira, dia 03.
Um grupo de fazedores de cultura foi à Casa do Povo para apresentar, durante a Tribuna Popular, as supostas irregularidades. Insatisfeito com as críticas à gestão do prefeito Tião Bocalom, o vereador João Marcos Luz, de forma truculenta e desrespeitosa, agrediu com palavras a classe que se manifestava sobre as supostas irregularidades.
João Marcos Luz é o líder do prefeito na Casa, portanto, representa a Prefeitura Municipal de Rio Branco, e já havia informado que a empresa contratada, alvo da polêmica, abriu mão de trabalhar para a FGB. Luz mandou que os profissionais “criasse vergonha na cara”.
A fala não está audível, mas o presidente da Casa, vereador Raimundo Neném, repetiu as palavras e pediu que a taquigrafia não registre a fala do vereador aliado do prefeito. O músico Diogo Soares, um dos representantes do movimento, ao defender a classe, foi contido por seguranças da Câmara e retirado do plenário.
"Esse é um processo fraudulento e todos estão insatisfeitos com a ação da FGB e queremos que a licitação seja desfeita", comentou Soares. Camila, que também estava no local, e falava no momento da agressão verbal de João Marcos Luz, reforçou: “Nós não somos bandidos, vereadores”, pontuou.
Na sequência, Camila pede justiça contra o vereador que a agrediu. Ela alegou, ainda, ao deixar a tribuna, que vai acionar a polícia, alegando a Lei Maria da Penha, contra o parlamentar da capital acreana. “Eu fui eleita e sou representante do movimento cultural, e movimento essa cidade mais do que vocês”, completa.