Socorro Neri provavelmente não será candidata à reeleição à prefeitura de Rio Branco. E isso não tem nada a ver com os números, por exemplo, da pesquisa Real Time/Big Data que mostra que 70% dos eleitores não votariam nela se as eleições fossem hoje. Afinal números mudam. E a prefeita, com a máquina na mão, pode muito bem revertê-los, apesar da rejeição.
Pessoas próximas à gestora dizem que ela já teria dito ter pouco interesse em uma candidatura. Repetiu algumas vezes que não pretende entrar na disputa.
Há ainda uma resistência dentro de casa. Joaquim Medeiros, o esposo de Socorro, parece que não a quer candidata. Prefere o sossego.
Mas há outros sinais que evidenciam o desinteresse de Socorro. E são visíveis. A prefeita não faz questão de populismo, de forçar simpatia. É ela própria. É um paradoxo total de seu antecessor, o petista Marcus Alexandre.
Aqueles acostumados com tapinhas nas costas, barganhas e o cafezinho do ex-prefeito a repudiam por isso.
Socorro Neri é professora universitária. Não é carreirista na política. Tem independência financeira e profissional.
Quando criticada na rede de forma veemente tem resposta à altura. Não faz questão de mascarar insatisfações com as críticas que recebe.
Socorro age como se estivesse contando os dias para se despedir de seu atual local de trabalho no prédio da rua Rui Barbosa, número 285, Centro da capital.