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POLÍTICA

UM CEMITÉRIO CHAMADO PEIXES DA AMAZÔNIA

UM CEMITÉRIO CHAMADO PEIXES DA AMAZÔNIA

Antes promessa de geração de renda, Peixes da Amazônia virou o pesadelo da piscicultura do Acre

O Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia, localizado às margens da BR-364, sentido Rio Branco/Porto Velho, criado no governo de Tião Viana está abandonado. Antes objeto de projetos políticos e bandeiras de campanhas eleitorais, o espaço, que era visto como promessa para geração de emprego e desenvolvimento econômico do Acre, hoje, amarga um prejuízo milionário em cima de dívidas trabalhistas e com fornecedores do empreendimento.

O espaço, que recebeu investimentos da ordem de R$ 80 milhões, foi apresentado como o resultado de uma parceira entre o governo acreano, fundos de investimento, grandes produtores do setor, incluindo cerca de 3.500 pequenos produtores familiares, reunidos em associações e colônias de aquicultores. O sonho se tornou pesadelo, e atualmente, o espaço está inoperante, fechado, e se deteriorando mais a cada dia.

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O repórter Luciano Tavares foi até o local para mostrar, com exclusividade, o total abandono da área de quase 70 hectares que já recebeu ministros, governadores, secretários de governos nacionais e estrangeiros, empresários e até os presidentes de países que prometiam fazer negócios vantajosos com a empresa acreana. O tempo passou, a empresa não conseguiu se manter em funcionamento.

Em 2013, o então ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurou a primeira fase de operação do complexo, ao lado do então governador Tião Viana, e do então senador Jorge Viana. Dois anos depois, Lula voltou ao Acre e, junto com o então presidente boliviano, Evo Morales, visitou o complexo e discursou um encontro com apoiadores e produtores de peixe.

A empresa, de sociedade anônima, foi criada pelo Governo do Acre, mas tem como sócios o governo do Estado, por meio da Agência de Negócios do Acre (ANAC), e a Central de Cooperativas dos Piscicultores do Acre (Acrepeixe), que representava cerca de 3 mil famílias de pequenos piscicultores e possui 25% das ações da empresa. Apesar de ter tido o maior investimento, o Estado do Acre não tem poder de decisão na empresa.

Assista à videorreportagem abaixo.