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POLÍTICA

Veja revela que Tião Viana recebeu R$ 2 milhões de Caixa 2 da Odebrechet para a campanha de 2010

Veja revela que Tião Viana recebeu R$ 2 milhões de Caixa 2 da Odebrechet para a campanha de 2010

A revista Veja publicou hoje, 14, em sua edição online, que o Partido dos Trabalhadores recebeu R$ 270 milhões de propinas pagas por empreiteiras como a Camargo Corrêa, OAS e o Grupo Odebrecht. Esta última pagou ao então senador Tião Viana (PT) R$ 2 milhões para financiar a campanha nas eleições de 2010, ao governo do Acre.

A delação do ex-ministro de Lula, Antonio Palocci, foi assinada pelo ministro-relator no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, em 11 de abril deste ano. Os pagamentos a Tião Viana, segundo Palocci, foram feito em dois momentos. Um repasse de R$ 500 mil e outro na ordem de R$ 1,5 milhões.

Além de Tião Viana, consta no documento de Fachin, Fernando Pimentel. Ele concorreu ao Senado por Minas Gerais, em 2010, e recebeu em propina R$ 2 milhões da Camargo Corrêa.

Gleisi Hoffmann, candidata ao Senado em 2010, é acusada por Palocci de receber da Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht o montante de R$ 3,8 milhões em propina para as eleições. Ela foi eleita com mais de 3 milhões de votos naquele ano, se tornando a primeira senadora do Estado do Paraná. Ela ocupa hoje o cargo de deputada federal e preside o PT nacional.

Carlos Zarratini e João Paulo Lima e Silva são acusados por Antonio Palocci de receberem pagamentos de vantagens por empreiteiras.

Tião Viana e o irmão, ex-senador Jorge Viana, tiveram em 2015 processos que tramitavam no Tribunal Superior Eleitoral contra eles, referentes as eleições de 2010, arquivados.

Já em 2017, o próprio Edson Fachin excluiu os irmãos Tião e Jorge Viana da lista de políticos envolvidos em desvios da Petrobras. Fachin acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República que concluiu não haver indício de que os irmãos tenham participação nos atos apurados pela Operação Lava Jato.

Na época, o então governador Tião Viana concedeu uma coletiva de imprensa e disse que “nunca me reuni com o senhor Marcelo Odebrecht, com nenhum executivo da sua empresa, nem de qualquer outra envolvida na Operação Lava a Jato” e acrescentou: “Confio na Justiça, defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra. Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim", pontuou.

O Notícias da Hora mantém o espaço aberto para os citados na reportagem apresentarem suas defesas quanto ao depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao ministro do STF, Edson Fachin, e publicado pela Veja.