A sessão que definiu a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Mercês para 2026, na noite de terça-feira, 2, terminou em escândalo Em plenário, o vereador Marcelio Estevam Teixeira, o Marcelo Moto Som (Mobiliza), exibiu cerca de R$ 100 mil em dinheiro e afirmou ter recebido o valor de um empresário da cidade para direcionar seu voto — denúncia que abriu inquéritos na Polícia Civil e no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A gravação oficial da Câmara, publicada em uma rede social da Casa, registra o momento em que o parlamentar retira de uma bolsa o montante que, segundo ele, teria sido entregue pelo empresário e dono de um posto de combustíveis, Calixto Domingos Neto. O objetivo, de acordo com o vereador, seria garantir seu apoio ao candidato José Ivanio de Oliveira (PSD), indicado pelo suposto autor da oferta.
Após a denúncia ao vivo, a Polícia Militar foi acionada pela presidente da Câmara, Rosimeire das Merces Costa (Avante), e apreendeu o dinheiro. O delegado Arthur Simões, da Polícia Civil de Mercês, instaurou um inquérito para apurar o caso. O MPMG também requisitou formalmente a investigação por possível crime de corrupção.
A eleição da nova Mesa Diretora ganhou peso adicional porque o presidente escolhido deve assumir interinamente a Prefeitura, já que o prefeito eleito, Donizete Calixto (Mobiliza), não pôde tomar posse. Segundo o boletim da Polícia Militar, Marcelio relatou ter recebido metade do valor em espécie e metade em cheque horas antes da votação.
