"Se fosse uma Mãe de Santo ou do Candomblé o templo dela já teria sido apedrejado", disse o vereador Rodrigo Forneck (PT) ao citar o caso Flordelis, a cantora evangélica e deputada federal denunciada por mandar matar em junho do ano passado o próprio marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo. Ele foi assassinado com mais de 30 tiros em Niterói, no Rio de Janeiro, onde o casal morava com seu 55 filhos adotivos e biológicos. O caso ganha enorme repercussão na imprensa e sociedade.
O vereador mencionou ainda escândalos envolvendo o médium João de Deus, condenado em dezembro de 2018 a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, por crimes sexuais contra quatro mulheres, que buscavam atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, no município de Abadiânia, e o padre Robson de Oliveira Pereira, afastado da função de reitor da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), após operação do Ministério Público e do Judiciário em investigação sobre desvio de R$ 120 milhões de doações feitas por fiéis ao longo de anos.
O parlamentar vê um grande tabu na sociedade para debater temas envolvendo pessoas com influência religiosa. Ele lembrou que o problema não está na religião, mas no "mau-caratismo das pessoas".
O vereador Artêmio Costa (PL), que é evangélico, concordou com Forneck e disse que é preciso "separar o joio do trigo".