O vereador e médico infectologista, Eduardo Farias (PCdoB), durante sessão online da Câmara de Rio Branco, desta quarta-feira (27), fez um alerta ao Executivo e a população acreana sobre os riscos das queimadas, que tem como período crítico os meses de junho a setembro, quando o tempo seco predomina.
“Rio Branco hoje amanheceu coberta de fumaça, a gente sente isso na respiração. É uma coisa que nos deixa muito preocupados, pois ela compromete as condições do ar e consequentemente a condição respiratória das pessoas”, alertou.
Os meses de julho, agosto e setembro são os que mais registram focos de queimadas no Estado, que além de trazer prejuízos ao meio ambiente, também causam danos à sociedade, em especial à saúde pública. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, a unidade registou mais de 3.800 ocorrências de incêndios ambientais, somente este ano.
Farias destacou os impactos que a fumaça, oriunda desses incêndios, podem causar na saúde da população, sobretudo, na saúde das pessoas acometidas pela Covid-19. “A pandemia da Covid-19 tem, na sua manifestação clínica, maior impacto no sistema respiratório. Então, se você está com uma pneumonia, onde o pulmão já está comprometido, e você tem uma qualidade de ar dessas, acaba deixando o sujeito, ainda mais, em estado de gravidade”, explicou.
Ainda de acordo com levantamento do Bombeiros, o Acre teve um aumento expressivo de mais de 160% nas queimadas urbanas registradas no mês de julho deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados apontam que neste ano, em julho, foram 853 queimadas registradas junto ao órgão, enquanto que em 2019 o período fechou com 327.
O vereador solicitou mais fiscalização dos órgãos competentes e maior conscientização da população, que também pode contribuir na prevenção e combate aos incêndios. “Precisamos tomar medidas urgentes. Falo isso não só para chamar atenção e cobrar um maior vigor das autoridades competentes, como também quero chamar atenção da população, pois sabemos que a imensa maioria desses incêndios são provocados pela ação do homem”, finalizou.