“Já passou do momento de a gente começar a mexer com esta caixa preta tão falada por tantos anos que são as empresas de transporte público, pois quem mais sofre são os que mais precisam: trabalhadores e usuários”. Esta foi a tônica do discurso do vereador Samir Bestene (Progressista) nesta terça-feira, 27.
Depois de ouvir lideranças e trabalhadores do serviço de transporte coletivo de Rio Branco, o vereador cobrou urgência na adoção de procedimentos investigativos para desvendar os motivos da crise das empresas de ônibus. De acordo com ele é incompreensível o fato de que as empresas tenham ficado deixar de recolher o FGTS dos trabalhadores sem ser advertida por nenhum órgão fiscalizador.
Empréstimos
“É preciso abrir esta caixa preta. Quando uma empresa pequena atrasa o pagamento de qualquer imposto rapidamente é penalizada. Eu mesmo tive que recorrer a empréstimos do Governo Federal para continuar de pé. Por que as empresas de ônibus também não recorrem a empréstimos? Por que estas concessionárias ficam impunes sem nenhuma atitude dos órgãos de controle? Ficam aqui estes questionamentos”, comentou Samir.
O vereador parabenizou a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara por suas diretrizes em relação aos problemas das empresas de ônibus, de seus trabalhadores e dos usuários. “Então assim eu quero parabenizar a CCJ, por propor uma ideia muito boa, tanto para as empresas quanto para os usuários”, disse, ressaltando que todos os vereadores estão dispostos a procurar uma solução.
Bomba
“Pois já tem um prazo para a bomba estourar e quando estoura quem mais sofre são os pais de família que não têm recebido salário em dia, que não recebem os benefícios garantidos por lei. Por isso, vocês estão até de parabéns e merecem nossos agradecimentos por continuarem a prestar serviço mesmo passando por essa situação, de não receber décimo terceiro, de receber salário pela metade, de acordarem cedo e, mesmo assim, com toda estas adversidades, garantirem o transporte do trabalhador”, concluiu ele depois de enfatizar que seu mandato está à disposição dos trabalhadores.